Abrir um livro é abrir o existir, a vida. Porque todas as nossas escolhas estão ancoradas nas experiências vividas. O presente acontece a partir do passado, os resquícios do passado no presente visam o aprimoramento para o futuro. O ser humano sempre busca pelo ideal, o ideal sempre está um tanto distante. Como eu mencionei anteriormente: o ser humano é um conjunto de experiências. E as mesmas são, digamos assim, o mapa para o indivíduo caminhar no mundo real, com ascensões e descensões.
Mas e o abrir de um livro? Voltemos para o início deste texto: abrir um livro é abrir o existir. Quando você começa a ler a primeira frase do livro escolhido, você está abrindo as páginas de sua vida. Ler é se ler, para você compreender à mensagem que o autor quer passar, você retira das experiências que você colecionou até aqui. É uma relação entre o leitor e o autor, uma relação bastante agitada no silêncio da leituras, ou seja, barulhos silenciosos. Enquanto você lê, você vai concordando, discordando, refletindo, complementando, etc. Ler é fazer uma autobiografia, é escrever sobre o que já está escrito. É o leitor acrescentando páginas sobre as páginas do autor. No final de tudo, o leitor tem um livro mental, com os seus pareceres e reflexões. Leitor e autor distantes? Não! Mas muito próximos, íntimos nas entrelinhas das linhas do livro.
Ler, reler, tentar compreender, enfim, não é uma questão de falta de sentido do autor, mas é a busca incessante do leitor de um sentido que está nele para captar o sentido do autor. Pois bem, leitor, como está a sua autobiografia até aqui?
Porém em Jesus nada precisa ser buscado ou interpretado, não, mas Jesus, em grande amor, veio ao mundo para compreender o ser humano pecador. Jesus, em amor sacrificial, adentrou nas linhas e entrelinhas pecaminosas dos seres humanos. Trazendo linhas reais, onde o homem não é capaz de ler. Cristo abriu o livro da vida humana para anunciar o perdão, salvação e comunhão com Deus. Estamos com o melhor autor, Jesus Cristo. Pois bem, leitor, entregue a sua autobiografia para o maior autor, Jesus Cristo, permita que Ele faça os acréscimos e reflexões, onde as mesmas são eternas.
Rev Artur Charczuk
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