Lembro de quando era criança, meus pais na educação que me deram costumeiramente usavam exemplos para que melhor fosse o meu aprendizado. Eles, para muitas vezes conter a chacota que crianças costumeiramente fazem uma das outras, o verdadeiro buling, diziam: tá vendo aquela pessoa, ela quando criança abusou muito das pessoas que tinham alguma deficiência física, logo, depois de adulto recebeu um filho que teve esta mesma deficiência.
Isso num primeiro momento era muito chocante, e sem dúvida servia de aprendizado para uma criança nunca usar de bulling com outros.
E hoje em dia, essa ideia de que você está recebendo aquilo de mal que fez, é muito comum. Ainda se crê que tudo que vai volta. Em nossas relações horizontais, até pode ser verdade. O que não é verdade é que Deus pune e julga de acordo com nossos julgamentos, condenações e chacota. Pois se assim fosse, nem aqui mais estaríamos, já deveríamos estar longe de Deus, queimando no inferno a todo vapor.
O texto base nos chama nos chamam a atenção para uma cegueira! Jesus estava diante de uma pergunta: Os discípulos ficaram com dúvida! Quem que pecou, ele ou os pais dele? Por aquele cego ter nascido assim.
Em meio ao farisaísmo dos tempos de Jesus era comum essa ideia, achava que uma pessoa era culpado também por causa dos pecados dos seus antepassados. Eles acreditam até que uma mãe, estando grávida fosse a um templo pagão seu filho nasceria com uma anomalia.
Por isso que eles questionaram Jesus, mas Jesus os dá uma resposta bem pontual, que esclarece tudo: Ninguém pecou! Ele é cego para que o propósito de Deus seja cumprido em sua vida. Aqui eu poderia dizer inúmeras coisas, mas me atenho a uma apenas, na maioria das vezes em que sofremos não é devido um pecado A ou B, mas sim para que Deus cumpra um propósito em nossa vida ou na de outros que estão em nossa volta.
Voltando ao texto, Jesus faz algo a este homem cego que escandaliza toda a comunidade farisaica. Ele o cura em um sábado, mostrando que ele tem poder sobre o sábado e sobre qualquer doença, basta ele querer, que ele faz! Os Fariseus não gostaram nada disso. Já condenaram na primeira, curar e ainda em um sábado para eles era uma grande aberração.
Mais a frente vemos que Jesus ao conversar com o homem que havia sido curado percebe-se que ele está meio confuso, não sabia ele se ele era um profeta, ou outra coisa. Até que então Jesus se apresenta a ele como o Filho do Homem que havia de vir. O Messias prometido. Logo, ele passa a crer em Jesus como o seu salvador.
Ao terminar este texto, Jesus então diz sobre a cegueira espiritual que muitos vivem. Ele diz: Eu vim ao mundo para julgar as pessoas, a fim de que os cegos vejam e que fiquem cegos os que veem. O que Jesus quer dizer que muitas pessoas que acham que veem, ver no sentido espiritual, na verdade são mais cegas do que aquele cego de nascença. Muitos cegos, físicos enxergam mais do que quem pode ver bem a clara luz do dia. Sabem por quê? Quando a fé está firmada em Jesus, mesmo estando cego fisicamente essa pessoa pode ver melhor do que os que enxergam . Jesus diz isso porque os fariseus eram como se fossem cegos, não estavam vendo e nem crendo que aquele que estava diante deles era o Deus encarnado, o seu salvador. Eles enxergavam, mas não viam. E como diz um ditado popular, o pior cego é aquele que não quer ver.
Como vocês podem ver, muitas coisas acontecem em nossa volta, até mesmo doença, escassez e aflições para um propósito maior. No tempo de Jesus, ele curou aquele cego para que o povo judeu (Fariseus) pudessem crer que, de fato, estavam diante do Deus que tudo pode fazer sobre a deficiência humana.
Nos dias atuais, a pergunta que precisamos fazer é: O que eu posso aprender com o que está acontecendo conosco? Muitas vezes Deus quer nos ensinar atitudes simples, como: mais amor, compreensão, misericórdia, cuidado, conosco e com todos os que estão em nossa volta. E acima de tudo, Deus quer fortalecer nossa confiança nele, sabendo sempre que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus! Você Crê nisso? Se for, então posso dizer. Amém.
Rev. Gabriel Boldt
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