O símbolo cristão mais largamente reconhecido é, sem dúvida, a cruz. Mais de 400 formas diferentes foram criadas, muitas delas originadas como escudos familiares — a cruz foi adaptada para brasões, etc. Alguns hinos compostos durante as cruzadas falam de “tomar a cruz”. Hoje também a cruz aparece em nomes e empreendimentos seculares ou semi-seculares, assim como a Cruz Vermelha Internacional.
Mais de 50 tipos de cruzes foram escolhidos para o uso na igreja. Elas aparecem não só como jóias pessoais, mas também como desenhos artísticos na igreja: sobre o altar, enfeites em púlpitos, em madeira e pedra, em vitrais nas janelas, pontuando as torres... As próprias construções de igrejas podem ser cruciformes, isto é, feitas parecidas com uma cuz, com uma parte da construção traspassando a nave principal da Igreja para formar a cruz. Nesta parte, normalmente ficavam os coros.
Entre as formas mais comuns estã a cruz Latina, a cruz Grega e a cruz Tau, que aparecem acima. A cruz Tau, à direita no brasão acima, é parecida com a letra grega Tau, ou o T português. Esta é algumas vezes chamada de cruz da Antiga Aliança — ou a profética ou antecipatória —, por lembrar a haste na qual Moisés levantou a serpente de bronze, à qual Jesus referiu-se: “Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna.” (Jo 3.14-15). Por esta simbolizar a obra salvadora do Messias profetizado, a cruz Tau é particularmente própria para o Advento.
A cruz na qual Jesus foi crucifaco como um criminoso foi também um emblema de sofrimento. Mas os cristãos a usaram como um símbolo de honra, dizendo com São Paulo que nós nos orgulhamos só “da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo.” (Gl 6.14).
Pr. Jarbas Hoffimann
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