Algumas igrejas dizem que é o 5º mandamento, mas a divisão clássica, mais antiga e mais usada no mundo cristão é chamar de 4º Mandamento. Enfim, o importante é o que está no mandamento. Que leio na Bíblia na Linguagem de Hoje:
“Respeite o seu pai e a sua mãe, para que você viva muito tempo na terra que estou lhe dando.” (Êx 20.12)
Este mandamento é repetido muitas e muitas vezes na Bíblia. Mas um dos que eu mais gosto está em Efésios 6.2:
“Como dizem as Escrituras: “Respeite o seu pai e a sua mãe.” E esse é o primeiro mandamento que tem uma promessa”.
O apóstolo Paulo lembra que para Deus, respeitar e obedecer pai e mãe é tão importante, que ele não deu simplesmente a lei, mas ainda fez uma promessa para todos que cumprirem o mandamento.
E como isso funciona na prática.
Outro dia um pastor contou a seguinte história: ele mora em um local de bastante montanhas e curvas nas estradas.
Um dos moradores da cidade transportava verduras para outra cidade.
Acontece que o caminhão estava com problemas nos freios. O pai do rapaz disse:
— Não vá meu filho, é perigoso! Vamos perder a venda da semana, mas vamos consertar o carro. — Pode deixar pai, eu vou devagar. Sei o que estou fazendo
O rapaz foi. Sofreu um acidente. Ficou preso nas ferragens. O carro incendiou e ele acabou morrendo.
Na prática, podemos afirmar que ele morreu porque não obedeceu o seu pai.
Se tivesse obedecido, não teria ido e estaria vivo sobre a terra que o Senhor deu para ele viver...
Vocês, crianças, não vêm para a escola aprender a respeitar os pais... Isso vocês devem aprender em casa, com o apoio de suas igrejas. Os professores devem falar disso também, mas não é função deles.
Vocês também não vêm para a escola aprender coisas que seus pais não querem que aprendam.
Vocês vêm para cá para aprender matemática, português, geografia, ...
Vocês vêm para crescer e se desenvolver e os que estão se formando hoje, com o apoio de dedicados professores e demais profissionais da escola, estão saindo muito mais preparados para a vida do que entraram. Estão mais corajosos. Mais independentes. Ganharam conhecimento. Ganharam amizades.
Levarão no coração alguns dos professores que estão aqui. Eu seu porque até hoje trago a lembrança da Tia Terezinha (1ª série no Renato Araújo Maia), Tia Zezé (na mesma Escola), Tio Ocarlino (matemática, no Polivalente)...
Interessante é que o Tio Ocarlino era negro... Isso nunca foi nem bom nem ruim. Era nosso Tio Ocarlino. Meu Tio Ocarlino... Eu, um alemãozinho... e também Tio do meu melhor amiguinho, um negro que hoje é padrinho da minha filha menor.
Bons tempos em que não éramos divididos por cores. Só depende de nós que seja assim novamente.
E sim, eu chamava de Tia e Tio. E gosto muito disso. Tem uma ramo da educação que não gosta. Tem até um livro: “professora sim, tia não” (aliás, as ideias desse autor estão por trás do empobrecimento da educação nos últimos 20 anos).
Bobagem.
Quem não acaba se afeiçoando por aqueles olhinhos curiosos? Quem não quer ver seu sucesso? E mais: os tios, aprendemos a respeitar como respeitamos aos pais... Ensinar (e não educar) é mais do que uma operação de trabalho, onde um tem o conhecimento e o outro precisa aprender. É uma relação de companheirismo que muitas vezes dura anos...
Então, queridos Tios e Tias de nossos filhos. Muito obrigado por seu esforço. Vocês sempre terão nosso respeito, admiração e apoio quando precisarem. Mais do que isso, contem sempre com nossa oração por suas vidas.
E nós pais, nesse empreendimento?
Muitos pais terceirizaram a educação de seus filhos. Esperam que a escola, além de ensinar, dê a educação. Se a gente, em casa, com 1, 2 ou três já tem dificuldade de educar, imagina se tivéssemos 30... Por turno.
Os professores fazem a parte deles: matemática, português, informática (lembram?!)... Desafiar a inteligência e as capacidades... Criar ocasião para surgirem amizades e para que aprendam a cooperar.
Mas o fardo (o bom fardo) da educação é nosso. A nós cabe guiar no caminho que almejamos.
Exemplo: se discute se deveria ter aula de religião nas escolas.
Eu particularmente, não sei se a escola é o lugar para se "ensinar" religião. Aliás, pode ser que se decida ensinar uma religião que não é a sua, e daí?
Religião se aprende em casa e na sua igreja.
Se for a escola de uma igreja, tudo bem, ali faz sentido. Uma "escola confessional", como há tantas. Mas se quisermos que se ensine religião em nossas escolas, todas deverão ser ensinadas... É um princípio da democracia.
Eu prefiro, como pai, ensinar eu mesmo os valores que trago desde meus antepassados. Valores que, no meu caso, são cristãos. Eu ensino sobre a minha fé. Aliás, minha esposa e eu.
Eu ensino levando a cada domingo na igreja. Eu ensino falando de Jesus.
E ainda, uma última lembrança, muito importante, que trago em forma de um texto que circula a anos na internet:
Só uma vez seu filho terá 3 anos e estará doido para sentar-se no seu colo.
Só uma vez ele terá 5 anos e desejará brincando com você.
Só uma vez ele terá 10 anos e desejara estar com você em seu trabalho.
Só uma vez ele será adolescente e vera em você um amigo com quem conversar.
Só uma vez ele estará na universidade e vai querer trocar ideias com você.
Se você perder essas oportunidades, você perdera o seu filho e ele não terá tipo um PAI!!!
Deus abençoe a todos:
- Professores e demais profissionais da educação;
- Pais e demais responsáveis pelas crianças;
- Crianças. Presente e futuro de nosso país.
Rev. Jarbas Hoffimann
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