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Mulher orando

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“...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11)


Dia 25 de abril, a igreja cristã celebra o dia de João Marcos, o evangelista. João Marcos nasceu em Cirene (Líbia) por volta do ano 10 a.C. e morreu por volta de 68 d.C. em Alexandria.


A respeito desse Marcos, lemos na segunda carta para Timóteo: “...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).


Se no inicio das viagens de Paulo, houve um grande desentendimento e decepção de Paulo para com Marcos, no final da vida de Paulo, o apostolo pede por sua companhia para ajudar no trabalho.


João Marcos foi escolhido para acompanhar Barnabé e Paulo na primeira viagem missionária. João Marcos por sua vez desistiu no meio da viagem e voltou para casa. Qual motivo em ter abandonado o trabalho (At 15.38)?


Não se sabe dizer o real motivo, mas pode-se supor que houve apenas uma conversão em Chipre e com forte oposição demoníaca (At 13.4-12). É possível que João Marcos tenha desanimado com a dificuldade do trabalho e pouca adesão ao evangelho.


Por ocasião da segunda viagem missionária, Barnabé, tio de Marcos quis dar outra chance ao mesmo, mas, Paulo disse não. E como não houve acordo, cada qual foi para seu lado, Paulo levou Silas e Barnabé levou Marcos (At 15.38).


Passaram-se cerca de 11 a 12 anos e encontramos Marcos na Bíblia e junto com Paulo. Entre os anos de 60-61, enquanto na sua primeira prisão em Roma, o apostolo Paulo enviou algumas cartas e em uma delas é a carta aos Colossenses onde Paulo escreve que Marcos está com ele e que deve ser bem recebido se caso passar em Colosso (Cl 4.10-11). Paulo chamou Marcos como “auxilio fortificante” (Cl 4.11).


Na carta para Timóteo, Paulo enfatiza Marcos como sendo “lucrativo para o ministério”, ou seja, de fundamental importância.


“...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).


Nessa época, Nero, um homem sanguinário era o imperador.


Na noite do dia 17 de julho de 1964, Roma foi incendiada. O fogo durou seis dias e sete noites. Dos 14 bairros de Roma, 10 foram completamente destruídos. Historiadores destacam que Nero arquitetou toda essa trama, para culpar os cristãos e persegui-los. Afinal, dos 4 bairros que não incendiaram, em dois moravam cristãos.


Cristãos foram amarrados em postes e incendiados vivos para servirem de luminária para os jardins e praças. Outros eram enrolados em peles de outros animais para serem devorados por cachorros famintos.


Paulo estava visitando igrejas quando a loucura da perseguição por parte de Nero foi lançada. Estava em Trôade na casa de Carpo quando foi preso por agentes do Imperador e levado a Roma. Dessa cadeia escreve a segunda carta para Timóteo e solicita que a capa que deixou em Trôade na casa de Carpo e os livros com capa de couro (2Tm 4.13) fossem trazidos para Paulo.


De Roma, dessa que seria sua ultima prisão antes da morte, Paulo escreve a carta para Timóteo orientando-o para que viesse vê-lo assim que possível (Tm 4.9); pois, alguns o abandonaram por causa do mundo e outros o deixaram por causa do trabalho da evangelização (2Tm 4.10,12). Entre tantos colaboradores apenas Lucas estava com ele (2Tm 4.11). é interessante que Paulo solicita que João Marcos seja procurado e trazido a sua presença. “...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11). Paulo enfatiza a utilidade em Marcos no ministrar!


Marcos não foi apostolo, não exercia pela de liderança, e nem era profeta, no entanto, teve um importante papel na evangelização na igreja primitiva. Dizem que foi uma grande viajante a exemplo de Paulo, a ponto de Pedro entre os anos de 62-64 escrever que Marcos havia ido a Babilônia (1Pe 5.13). Por pedido de Pedro, Marcos atuou no Egito e na África, residindo e morrendo em Alexandria. Por volta do oitavo ano do governo de Nero, após pregar em Alexandria sobre a morte de Jesus, sacerdotes pagãos e outras pessoas com ganchos e cordas prenderam Marcos e saíram arrastando seu corpo pela cidade. O prenderam muito machucado e no outro dia o arrastaram novamente. Os pagãos queriam queimar seu corpo, mas, uma forte chuva os impediu e assim os cristãos pegaram seu corpo e o sepultaram.


“...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).


Apesar do desentendimento e Paulo, na segunda viagem missionária, não aceitar a participação de Marcos na viagem, não quer dizer que Marcos não servia para o reino de Deus. Muito pelo contrário, o próprio Paulo reconheceu seu valor na carta aos Colossenses, bem como em seu pedido para que Marcos viesse ajuda-lo no trabalho.


Desde jovem, Marcos viu a igreja recém-nascida se reunir na casa da sua mãe Maria. Aliás, após ser preso por Herodes e tendo sido libertado milagrosamente, Pedro foi até a casa de Maria e Marcos, onde os cultos eram realizados (At 12.12; Cl 4.10).


Foi discípulo de Pedro, chamado como “filho” (1Pe 5.13). Paulo o classificou como tendo ajudado muito no trabalho (Cl 4.11). Em um de seus aprisionamentos, Marcos esteve com Paulo lhe dando assistência (Fm 23-24).


Jerônimo (tradutor da Bíblia hebraica e grega para o latim) e, Eusébio de Cesáreia (pai da história da igreja), registraram que à pedido dos cristãos de Roma, Marcos escreveu um pequeno evangelho levando em consideração aquilo que Pedro lhe disse. Após ter escrito, Pedro leu e autorizou a publicação do evangelho. Esse pedido deve-se ao fato de que os cristãos da época queriam ter algo escrito para aprender e ensinar.


“...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).


Você pode me ajudar no trabalho? Eu não estou preso, mas, estou com o platô da Tíbia quebrado.


Sem questionar, e sabendo quem era Marcos e como havia dedicado sua vida pelo evangelho, Paulo pede para que Timóteo o traga para auxiliá-lo no trabalho.


Merece destaque o fato de que Paulo não ora para ser liberto da prisão e nem transparece alguma expectativa de seguir com seu trabalho, por isso, escreveu: “Quanto a mim, a hora já chegou de eu ser sacrificado, e já é tempo de deixar esta vida” (2Tm 4.6), mas, “...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).


Paulo faz uma análise profunda do seu ministério (2Tm 4.6-8) e olha para o passado com gratidão; para o presente com serenidade; e para o futuro com esperança.


Durante o ministério Paulo lutou contra a maldade das pessoas; contra Satanás; contra vícios judaizantes, cristãos gentílicos; contra a hipocrisia, violência, conflitos e imoralidades em Corinto; lutou também contra fanáticos em Tessalônica; contra o gnosticismo e judaizantes em Efeso e Colossos. E ao fim da sua vida, preso em Roma, Paulo sabe do perigo que correrá Timóteo a quem está passando o bastão.


Aos líderes em Mileto o apostolo Paulo anunciou: “...O importante é que eu complete a minha missão e termine o trabalho que o Senhor Jesus me deu para fazer. E a missão é esta: anunciar a boa notícia da graça de Deus” (At 20.24).


Anunciar a boa notícia da graça de Deus!


Durante a carreira ministerial, o apostolo enfrentou muitas dificuldades. Entre essas dificuldades, muitos o abandonaram. Observe Demas, citado três vezes no novo testamento (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.10). N primeira vez, Demas é cooperador, na segunda vez, Demas é apenas mencionado e agora, na terceira vez é apresentado como desertor. Os dias em que vivia, levou Demas a perder-se por amor ao dinheiro. Ele foi seduzido e apaixonou-se pelo mundo.


Em meio a tantos problemas e abandonos, Paulo recorda que Lucas está com ele. Pode contar com Timóteo para lhe trazer livros e sua capa. E, por fim, pode contar com Marcos para ajudá-lo no serviço.


Nunca se está sozinho na obra do Senhor! “...o Senhor ficou comigo, me deu força para que eu pudesse anunciar a mensagem completa a todos os não judeus e me livrou de ser condenado à morte” (2Tm 4.17).


Há muitas situações que leva o cristão a desanimar do serviço no Senhor!


Quantas pessoas já abandonaram a obra da evangelização quer seja por um motivo ou outro. João Marcos correu esse risco, mas, não abandonou o serviço mesmo quando Paulo não o quis levá-lo na segunda viagem. Na verdade, estava a disposição do apostolo, tanto que Paulo recomendou a Timóteo: “...Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho...” (2Tm 4.11).


Para concluir, é preciso lembrar: “...seja moderado em todas as situações. Suporte o sofrimento, faça o trabalho de um pregador do evangelho e cumpra bem o seu dever de servo de Deus” (2Tm 4.5).


Não desanime em meio ao trabalho, afinal, muitas pessoas já estão desinteressadas em relação ao evangelho. Não desista!


Não seja instável como tem sido muitos da nossa geração! Esteja alerta e vigilante, permanecendo firme e persistente e pregando a Palavra.


Não desista! Haverá oposição, mas pregue insistentemente.


Não desista! Não é pessoal, o problema é o evangelho que muitos já não suportam ouvir.


Não desista! Sempre haverá os desertores.


Deus nos abençoe. Amém!




Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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