
Quem nunca olhou para as nuvens? Certamente você já olhou e, dependendo do que a pessoa está sentindo, parece que elas querem transmitir algo. Nuvem é a forma em potencial, sim, você olha e aparece alguma forma para você: cachorro, gato, carro, um rosto e assim por diante. Portanto, a nuvem mostra um pouco da vida, isso, a forma como a pessoa enxerga sempre está ligada com algo que ela passou na vida. Lembranças escritas no céu? É, leitor, podemos pensar assim, ou seja, olhar para as nuvens é olhar para dentro de você. É você colocar o seu formato na forma da nuvem. A nuvem tem uma forma, entretanto, os sentimentos que estão na pessoa precisam encontrar um sentido, em outras palavras, eles encontram uma definição nas nuvens.
Porque, dependendo das experiências que o indivíduo passa ou passou, eles marcam. E dependendo da tal marca, eles buscam pela forma, pelo sentido. E encontram um sentido na criatividade, dar forma no que está formado, dar pessoalidade, isto é, as nuvens são quadros brancos que esperam pelas pinceladas da vida do ser humano. Olhar para o céu é olhar para si; olhar para o céu com o intuito de olhar para o além do céu, para fora; é olhar para bem dentro de si. O homem olha para as nuvens, mas as nuvens olham para o homem. É uma relação que encontra o ápice no poder criativo, como eu escrevi um pouco acima.
Aliás, leitor, como é bom ter um Deus que sabe da deformidade do ser humano. Deus é a forma máxima, acima da compreensão do mundo. O homem está lapidado na forma da decadência e pecado, enfim, forma do pecado original. E o Pai, em profundo amor, sacrificou o seu Filho para retirar o ser humano da deformidade da queda. A forma perfeita, Jesus, concedeu uma nova vida por meio da forma do sacrifício. Alguém olha para nós, alguém dá forma para nós, nuvens sem forma, Cristo Jesus.
Rev Artur Charczuk
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