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O sacrificado

E se, em plena páscoa, fossemos surpreendidos com a descoberta da cura para a Covid-19? A vida poderia voltar à sua rotina, sem máscara, distanciamentos e protocolos. Estariam de volta os almoços em família, as visitas, as aulas, a economia seria retomada, as igrejas cheias e os enfermos curados. Mas o preço desta cura seria alto: uma vida. Sim, para que a cura acontecesse alguém teria que ser sacrificado para o bem de todos. Que tal se fosse assim? Você aceitaria ser sacrificado para nos salvar desta pandemia?


Enquanto fabulamos com esta hipótese, olhemos para a Palavra de Deus, e vemos ela registrando um sacrifício real, repleto de horrores, violência e injustiças. Naquele sacrifício, o são foi entregue em lugar dos enfermos. O santo foi entregue aos horrores da morte para que os pecadores ganhassem vida. Assim fora profetizado o sacrifício daquele que foi erguido na cruz: “Ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu” (Isaías 53.5).


Enquanto que a cura da Covid-19 pelo sacrifício de alguém saudável é apenas uma imaginação, a cura conquistada por Jesus é real e verdadeira. O sangue do perfeito e santo dá vida aos enfermos, moribundos e desesperados. Deus o ofereceu como sacrifício para apaziguar sua ira. Não importa o tamanho da sua culpa, ela foi paga por Cristo em seu sacrifício. O sangue do sacrificado é garantia de perdão, restauração e nova vida.


Naquela sexta-feira, pendurado na cruz, o sacrificado parecia ser a pior de todas as criaturas. Mas não se engane. No domingo de páscoa, bem cedo, o sacrificado mostrou que ele não era como uma criatura humilhada, mas que ele é verdadeiro Deus sobre toda a criatura, ressuscitado e vencedor sobre a morte e o inferno. E, através da Palavra, da Ceia e do Batismo, o sacrificado oferece sua vitória a cada um de nós.


Então fica a dica: embebidos nesta vitória do sacrificado, podemos celebrar mais uma páscoa. Tá certo, ainda com acordes de pandemia – mas sob o grande tom da vitória de Jesus! O túmulo do sacrificado está vazio!



Pastor Bruno Serves

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