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Mulher orando

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O nome da discórdia


Pois é… Mudaram o nome de uma praça bem no centro de Nova Venécia. E é época de eleição, então tudo vira polêmica… Quatro anos atrás foram árvores cortadas em diversos pontos da cidade… Passada a eleição… Acabou a polêmica das árvores.


Mas a praça do Granito (devia se chamar “De Granito”, né!?) desde que foi construída não ficava tão bonita e tão bem cuidada… Fora abandonada depois de sua inauguração e o tempo se encarregou do resto… O tempo e a falta de educação de muitas pessoas… Tomara que não seja abandonada novamente. É bonito ver as famílias passeando e se divertindo ali. Sempre foi, desde a época em que havia o espelho d’água.


Como é época política há reclamações de que a administração demorou muito para dar andamento à obra e só o fez agora por causa da proximidade das eleições… Pode ser… Pode ser também que não tenha dado tempo antes. A administração passada começou umas reformas e não conseguiu concluir. Talvez tenha faltado recurso, talvez tenha faltado planejamento, mas daquela vez não ficou pronta. E desta vez passou raspando. Aliás, como muitas coisas no Brasil, foi inaugurada sem estar plenamente concluída. Isso já aconteceu com uma ponte pro ali também (quem lê e é mais velho, entenderá!!!).


Não tá 100%, mas parece que ficará… Há operários que ainda estão lá trabalhando, colorindo, arrematando (é um bom sinal). Certo é que ficou funcional e bonita. E tem lotado de gente a cada final de semana. Desta vez, ficou pronta de ponta a ponta (ou de ponte à ponte)... E ainda há a nova passarela, que eu chamaria de “ponte para o futuro” (mas acho que vai levar o nome de algum político ou parente de político…) E talvez daqui alguns anos alguém mude o seu nome de novo, e de novo...


Não é a primeira vez que se muda nome de praças na cidade. Havia uma “Dos três poderes” que magicamente virou “do imigrante”... E a dos três poderes livrava os transeuntes do sol escaldante, porque projetava sombra em seus 3 bancos circulares… A do imigrante deixa todo mundo no sol, sentados (se conseguirem) em bancos de granito polido... Há outros casos de mudanças de nomes de praças, falem com os mais antigos da cidade, eles sabem.


Mudar nomes é costume desde os antigos imperadores para apagarem seu antecessor da história… Tutancâmon, faraó Egípcio, foi sepultado em uma tumba comum e sua história foi esquecida por 3 mil anos… Tudo porque Ay, seu vizir, assumiu o trono e queria apagar sua história. E apagou, pois não se sabia dele até sua tumba ser descoberta.


Hoje em dia se reforma uma escola e se tira as placas de quem a construiu, passando a constar o nome do condutor da reforma. Até a “autoridade” seguinte resolver mudar de novo.


Mudar nome de praça não muda muita coisa… Cuidar da praça, isso sim, muda muita coisa… Basta ver que a simples abertura da nova praça mudou toda a efusividade da sexta-feira à tarde para o outro lado do rio… E o movimento noturno no centro da cidade, perto da bonita praça (que já nem sei mais que nome tem, mas era antigamente Jones dos Santos Neves) sumiu… Ou melhor, migrou.


Mudar nome de rua (costume de alguns vereadores que poderiam fazer coisa melhor) complica bastante a vida do cidadão, que precisa atualizar toda a documentação do imóvel no local (com custos, diga-se de passagem). Mas mudar nome de praça não costuma causar este transtorno.


Eu não mudaria o nome da praça, mas não tenho tanta dificuldade com essa questão. Entendo a homenagem da praça do imigrante, assim como entendo a homenagem ao Sr. Adélio Lubiana, que também contribuiu para o progresso de Nova Venécia. Como produtor rural e empresário veneciano que deu emprego a muitas pessoas por muito tempo. Aliás, ainda hoje, o que ele plantou junto com muitos outros, continua dando trabalho e sustento a diversas pessoas. Assim como muitos outros de nossos líderes venecianos que fizeram muita coisa, sem precisarem ser eleito para isso.


Mudar o nome expressa algo interessante.


A quem damos nomes? Damos nomes àquele ou àquilo que supomos nosso ou que temos ingerência sobre. Por isso os pais é que determinam o nome de seus filhos. E ainda vem o sobrenome, que enfatiza isso.


Na Bíblia, Cefas, mostrando que pertencia a Cristo, adotou o nome dado a ele pelo Salvador: Pedro. Saulo, muda para Paulo… Abrão, se torna Abraão e Sarai vira Sara. Jacó vira Israel. Todos que mudaram de nome têm algum significado de propriedade do Senhor que trocou seus nomes.


Assim, mudar nome costuma ser o sinal de que “eu mando” naquilo ou naqueles, que mudei o nome. E isso não é necessariamente ruim. Aceitar o nome que é dado é sinal de respeito e submissão. Muitos que se tornam muçulmanos recebem um nome conforme essa sua religião.

Na esfera política é uma forma de deixar legado depois de um governo.


Mas será que o nome é tão importante? Alguns fazem “ginástica” matemática para colocar mais letras nos nomes, porque daí sim, fariam sucesso… Assim a Sandra Sá virou “Sandra de Sá”, Jorge Ben virou “Jorge Ben Jor”... Não me parece que essa mudança de nome fez alguma diferença para a carreira deles… Mas posso estar enganado.


Quem nunca se engana diz em Apocalipse: “Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas. Aos que conseguirem a vitória eu darei do maná escondido. E a cada um deles darei uma pedra branca, na qual está escrito um nome novo que ninguém conhece, a não ser quem o recebe.” (Apocalipse 2.17)


Este é o nome que importa mesmo. É ter o nome de Cristo.


A pedrinha branca era possivelmente um diamante. Era o costume, em vez de convites de papel, entregar um diamante como o convite. Então, só entra quem, além do diamante, tem o próprio nome (de seguidor de Cristo) escrito na pedrinha.


O nome não torna a praça mais bonita. Mas pela reforma ela está muito mais bonita do que na última década. Parece que pela primeira vez planejaram toda a obra e a executaram como deveria. Parabéns à administração.


E, acima de tudo, parabéns também àqueles que carregam o nome que importa: o nome que está acima de todo nome: Jesus Cristo.

O nome da praça, a própria praça… Tudo passará. O nome de Cristo permanecerá.





Rev. Jarbas Hoffimann

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