A vida tem seus ciclos de moda, de algo que vira febre e se torna a sensação do momento. Quem, assim como eu, viveu a infância nos anos 80 e 90 pode lembrar do que era a moda entre a criançada daquele tempo: Ploc Monster, garrafinhas em miniaturas da Coca-Cola, copo dos Trapalhões, sorvete seco, Ferrorama, Kichute e ainda as lendárias e perigosas Balas Soft.
Mesmo vivendo tão distante daqueles bons tempos de criança, hoje a vida continua replicando suas modas e sensações do momento. Neste tempo de Dia das Crianças, por exemplo, a febre é utilizar uma foto sua quando criança nas redes sociais. Porém, nesta semana, uma nova mania surgiu. Os avatars. Quem faz uso do Facebook certamente viu muita gente utilizando esta imagem ou até mesmo criando seu próprio avatar. Aos que não fazem ideia do que seja um avatar a explicação é de que, no mundo digital, ele significa uma representação da pessoa, uma espécie da sua caricatura para ser usada no universo online.
Saindo do mundo digital e mergulhando na origem da palavra avatar, vamos perceber que ela provém do hinduísmo, uma religião pagã. Dentro do hinduísmo, quando uma divindade vinha ao mundo, ela precisava criar um avatar, ou seja, se tornar um de nós, se parecer conosco, assumir forma humana. Obviamente que nossa fé cristã não compactua desta crença hindu. E, antes que nos apressemos em julgar, creio que os cristãos que criaram seu avatar na rede social não tinham noção disto e nem queriam, com isto, abraçar uma crença hindu. Lembrem-se: avatar, no contexto digital, significa uma caricatura, e não uma confissão de fé.
Aliás, um dos pilares da fé cristã é justamente alguém que veio do céu e se tornou um de nós. Assim diz a Palavra de Deus em João 1.14: “E o Verbo se tornou carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos à sua glória, glória como do unigênito do Pai”. O Verbo de Deus, Jesus, desceu do céu e se tornou carne, ser humano, nascido de Maria. Este verdadeiro Deus mostrou-se humano ao sentir medo, fome, chorar e, principalmente, ao derramar seu sangue em agonizante morte de cruz em nosso lugar. Este verdadeiro homem, de carne e osso, mostrou ser verdadeiro Deus em seu nascimento sem pecado, seus milagres, sua ressurreição, sua ascensão e sua promessa de que um dia voltará para julgar a vivos e mortos. Sim, Jesus é o cumprimento da profecia de que um dia chegaria não um avatar hindu, mas o verdadeiro Emanuel, Deus Conosco.
Então fica a dica: Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, aquele que veio do céu, se tornou um de nós. Só nele há salvação! E a cada momento em que lemos sua Palavra e meditamos nela, o Emanuel continua vindo ao nosso encontro, sendo Deus Conosco através do seu Espírito Santo. Não para ser uma moda ou um avatar de uma lenda pagã, mas para ser Deus bem presente nos dias felizes ou nos dias de aflição.
Pastor Bruno Serves
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