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Nas pegadas de Roma

Roma tornou-se uma República em 509 a. C. e ela passou a conquistar diversos territórios em derredor do Mar Mediterrâneo. Já no século I, Roma tornou-se capital do infante Império Romano, sendo César Augusto o primeiro imperador. Foi nesse contexto histórico que nasceu Jesus: “naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do Império para recensear-se,” (Lc 2.1). Nos tempos Véterotestamentários, Roma ocupou um lugar central em toda a sociedade que estava ao redor do mar Mediterrâneo. Com significativa expansão, o povo de Roma construiu inúmeras estradas para facilitar o acesso aos povoados.


A economia de Roma era bastante diversificada, possibilitando o comércio de diversos produtos: jóias, linho, seda, madeira, móveis, especiarias, vinho, farinha, trigo, gado, etc. Escravos também eram comercializados, sendo eles uma fonte de renda considerável. A religião de Roma consistia em um politeísmo baseado numa mitologia e com vários deuses antropomórficos, cada um deles exercendo determinada função. Zeus era o deus supremo do povo romano. A religião romana também se misturava com a política, adorando o imperador e considerando-o deus e senhor. Enfim, foi debaixo desse governo que o Filho de Deus nasceu, sob uma Palestina controlada pelo poderio romano. A Palestina do tempo de Jesus vivia em polvorosas revolucionárias, devido ao imperador romano e suas decisões. Alguns grupos se destacaram como resistência combativa: os chamados Quarta Filosofia, grupo rebelde liderado pelo escriba Judas de Gamala e pelo fariseu Sadoc, 6. a. C. Eles não concebiam a ideia de ter que pagar impostos para o governo romano, eles consideravam Deus como o único líder e Senhor. Em meados dos anos 50 d. C. apareceram os sicários, judeus terroristas que tinham como habilidade apunhalar romanos e simpatizantes de Roma. Também haviam os zelotas, grupo mais conhecido, eles lutavam, como os demais citados, contra a dominação do governo de Roma e sua política dominadora. Por fim, também houve os movimentos messiânicos, os mesmos foram compostos por camponeses e rebeldes que criam na vinda de um rei Messias, isto é, a esperança messiânica.


Um ar político e revoltoso circundava por entre as palavras do Mestre. Porém o mesmo não intimidou Jesus, pelo contrário, como, por exemplo, quando ele falou sobre a riquíssima estrutura do templo: “Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada,” (Mt 24. 1-2). Jesus profetiza a destruição do templo, melhor dizendo, as coisas deste mundo não duram. Todo o esplendor terreno será esquecido no último dia, posto isto, as pegadas de Roma nada mais foram do que um trépido palco para a grande mensagem do salvador Jesus Cristo. Tudo foi feito de acordo com o plano de Deus, ou seja, o anúncio do perdão, salvação e uma vida reconciliada com o Criador. Não houve nenhuma interferência humana no ministério de Jesus Cristo, o que houve apenas foi o vislumbre das temporais pegadas de Roma sob a vastidão atemporal do Criador, revelado em Jesus Cristo.




Rev. Artur Charczuk

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