Mudam apenas as moscas
- PENSE NISSO Teológica
- 29 de jun. de 2021
- 2 min de leitura

Vale tudo no disputado jogo da campanha eleitoral. Até a mentira. Seria apenas “coisas da política”, mas é coisa oficial. O engodo é tolerado pela própria Lei Eleitoral. Regras aprovadas por gente que não fica mais de cara vermelha. Segundo um jurista brasileiro, toda mentira será tolerada na propaganda, pois ela “não é criminalizada e não existe nenhum tipo de punição para candidatos que mintam durante a campanha”.
Um jogo sujo que é conhecido por todos. E, por isto, a descrença generalizada. Mas, quando a mentira é sacramentada, a sociedade fica atolada até o pescoço na corrupção. O que falta para chegar no nariz? Se mentem na campanha amparados pela lei, com a mesma proteção se apropriam de seus cargos públicos e trilham no mesmo caminho da enganação. E daí é o fim. Porque, quando a mentira não tem mais perna curta, a sociedade não vai muito longe. Fica a pergunta: de onde vem esta politicagem?
Salomão foi um político que pediu a Deus sabedoria para governar com justiça e integridade. Foi ele quem escreveu as sete coisas que Deus não tolera:
o olhar orgulhoso,
a língua mentirosa,
mãos que matam gente inocente,
a mente que faz planos perversos,
pés que se apressam para fazer o mal,
a testemunha falsa que diz mentiras e
a pessoa que provoca brigas entre amigos
(Provérbios 6.16-19).
Interessante dizer que a mentira é mencionada duas vezes e tem relação com os outros pecados. Por que Deus tanto detesta a falsidade? A resposta está aí, nos dias de hoje.
A água onde Pilatos lavou as mãos continua podre e contaminada. Vendeu a alma ao pai da mentira porque não queria perder vantagens, regalias, propinas. E perdeu a grande chance de lavar o coração em água limpa, na fonte daquele que disse: “Eu sou a Verdade”. Assim, a solução não está em tirar uns e colocar outros, mas expurgar a podridão da alma. Senão, mudam apenas as moscas.
Rev. Marcos Schmidt
Comentarios