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Morangos, Agulhas e Culpas

Quando pensamos que é só no Brasil que certas coisas acontecem, nos deparamos com uma notícia lá da Austrália. A polícia está investigando a sabotagem de uma determinada marca de morangos, dentro dos quais foram encontradas algumas agulhas, prontas para machucar quem fosse deliciar-se com aqueles morangos avermelhados e apetitosos. O que era para ser um momento de prazer e saciedade tornou-se susto, dor e até mesmo de internação hospitalar, como foi o caso de dois australianos que precisaram de cuidados médicos depois das agulhadas na boca.

Quem sabe nem nos damos conta, mas estamos cercados de situações parecidas com a dos morangos australianos, onde algo aparentemente apetitoso e belo termina em dor. Lembro do Rei Davi, encantado com a bela esposa de Urias, chamada de Bate-Seba. Davi foi dominado pelo desejo do adultério e, como conhecemos a história, tudo terminou com uma agulhada dolorosa de culpa e dor. E como não falar de Pedro, naquela triste noite em que Jesus foi preso, quando pareceu-lhe mais confortável negar a Cristo quando interrogado se o conhecia, porém a agulhada no seu coração o fez chorar amargamente pela culpa.

Ainda hoje cristãos têm diante de si diversos morangos repletos de agulhas, ou seja, diversas situações que aos olhos até são tentadoras e apetitosas, mas que terminam em terríveis agulhadas de dor e culpa. Diante destas tentações que afrontam a vontade de Deus, o conselho é do próprio Senhor: “As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela” (1 Coríntios 10.13).

Então fica a dica: cuidado com o que parece belo e apetitoso e que, na verdade, termina em sofrimento. Há um grande conforto aos que sofrem pelas agulhadas das tantas culpas juntadas ao longo da vida: Jesus. Sim, Deus feriu ele com nossas agulhas de culpa e sofrimento. Deus o ressuscitou dos mortos para nosso perdão e salvação. E é este perdão que cura e restaura das agulhadas de nossas próprias culpas.



Rev. Bruno A. K. Serves

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