O Salmo 128 é um salmo sobre a família!
Salomão, no salmo 127, escreveu que a família depende de Deus. E ao depender de Deus, essa família, teme ao Senhor.
Ao ser descrito como “Salmo de peregrinos” o salmo 128 enfatiza que o mesmo era cantado por famílias que iam adorar e louvar, ofertar e oferecer sacrifícios, àquele que tudo concedia.
“Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1).
A expressão temor é usada frequentemente nos Salmos e no Antigo Testamento. Entre suas muitas ocorrências e variações no significado, aqui no Salmo 128.1, a sentença significa confiança reverente, ou seja, é uma postura de quem é devoto a Deus.
No livro de Provérbios, Salomão escreveu que essa postura reverente e agradecida diante de Deus é um tesouro na vida dos cristãos (Pv 15.16). A devoção dos seus deve-se ao grande amor de Deus (Sl 5.7), e é nesse amor que os santos põem a sua esperança (Sl 147.11).
“Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1).
O cristão louva, adora, oferta a Deus pelo fato de crer que o Deus que tudo concede (Sl 127) nunca deixa nada faltar aos seus. E por outro lado, os seus desfrutam as bênçãos de Deus. Você reconhece as bênçãos de Deus em sua vida?
Primeira grande bênção: a vida matrimonial!
No texto de Gênesis lemos que: “Depois que o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves, ele os levou ao homem para que pusesse nome neles. E eles ficaram com o nome que o homem lhes deu. Ele pôs nomes nas aves e em todos os animais domésticos e selvagens. Mas para Adão não se achava uma ajudadora que fosse como a sua outra metade. Então o Senhor Deus fez com que o homem caísse num sono profundo. Enquanto ele dormia, Deus tirou uma das suas costelas e fechou a carne naquele lugar” (Gn 2.19-21).
Observe que o homem não encontra na natureza sua metade. A auxiliadora do homem, a sua metade, é algo concedido por Deus. Assim, a vida matrimonial é uma grande bênção dada por Deus. E o homem que reconhece isso, é feliz.
Não há nada pior num casamento do que a reclamação de um para com o outro. Falta isso em você. Falta aquilo em você. As reclamações levam o outro cônjuge a tristeza. Deixa-se de louvar e agradecer a Deus pela companhia que Ele em seu amor nos providenciou.
Jesus disse que o motivo para separação está na “dureza de coração” (Mc 10.5). E essa dureza de coração não permite devido a reclamação, reconhecer que o cônjuge é uma bênção de Deus.
Segunda grande bênção: os filhos!
O salmista destaca que “Em casa, a sua mulher será como uma parreira que dá muita uva; e, em volta da mesa, os seus filhos serão como oliveiras novas” (Sl 128.3).
Por ser uma poesia, as expressões “parreira” e “oliveiras” expressam felicidade.
Dessa forma, ao dizer: “Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1), o salmista destaca que os filhos são uma bênção de Deus (Sl 127.3).
A união matrimonial, grande bênção de Deus, proporciona outra grande bênção: um filho!
Seu filho, sendo menino ou menina, é uma grande bênção de Deus. Cada um, menino ou menina, têm sua finalidade e utilidade dentro do plano criador de Deus.
“Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1).
Pela fé confessamos e reconhecemos como verdade que tudo o que somos e temos é um presente do Pai. A vida humana é boa por ser um presente de Deus. Nossa vida é boa por causa daquele que nos concede essa vida.
A vida é tão valiosa que o Pai, enviou seu Filho Jesus para nos resgatar da terrível condenação eterna do pecado.
Terceira grande bênção: o sustento!
“Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1).
Jesus disse que o “sol brilha sobre bons e sobre maus” (Mt 5.45).
Há enigmas no trato de Deus com os seus. Temer ao Senhor significa esperar em Deus também nesses tempos.
Quando olhamos para o caos, passaremos a viver preocupados e infelizes.
A vida Cristã é vivida em um campo de batalha. Pecado, morte e o diabo são os inimigos (Rm 7.7-25). A vitória está na fé (1Jo 4.17; 5.4). Por isso, “Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1). Ou seja, o filho de Deus, aprendeu do Filho de Deus a orar: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mt 6.11). O Pai celestial sabe o que precisamos e nos concede todo o necessário para o corpo e a vida.
Já vivemos dias em que a chuva excessiva inibiria a plantação e colheita. E também já vivemos dias como esses. Dias em que a estiagem parece atrasar o plantio e trará muita quebradeira. Mas, quer tenham sido dias de chuva excessiva ou estiagem prolongada, nunca houve carência de alimento. Deus continua cumprindo a sua promessa pós-dilúvio: “Enquanto o mundo existir, sempre haverá semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8.22).
Convido você para que no almoço, na janta ou num lanche da noite, olhe para os alimentos e agradeça a Deus pela fartura proveniente das mãos divinas. Tente pensar em quantas mãos foram utilizadas para que você no conforto da sua casa possa saborear o que está saboreando.
As famílias enquanto iam para o Templo louvar, adorar, ofertar e realizar sacrifícios, o faziam na certeza do cuidado de Deus.
“Feliz aquele que teme e Deus, o Senhor...” (Sl 128.1). Eis a felicidade que vem do alto, afinal, nosso cônjuge, nosso(a) filho(a), o sustento, é concedido por Deus. Amém!
Rev. Edson Ronaldo TREssmann
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