Não... Não enlouqueci.
Faz um tempão que estou incomodado com frases que ouço (e leio) repetidamente. E mesmo uma mentira, repetida muitas vezes, acaba por parecer verdade.
Mas eu não enlouqueci.
Outro dia, num "incidente", acabei por ver a primeira entrevista ao vivo do juiz Sérgio Moro (Faço um parêntese: acredito que nele, os cidadãos honestos, esperam que todos os outros juízes se espelhem e agilizem a justiça brasileira.)
O Dr. Moro disse na entrevista, algo assim: “o brasileiro quer a honestidade, quer o bem. Nossas autoridades é que querem a corrupção.” Pessoalmente acredito que ele, ao fazer seu trabalho não faz mais que sua obrigação. O problema são aqueles que não fazem o que deveriam… Você sabe como é isso… Especialmente no seu ambiente de trabalho… Alguém “faz direito o que é pago para fazer” e os primeiros que se incomodam são os preguiçosos. Pois aquele que trabalha evidencia a preguiça dos “encostados”. Daí vêm os apelidos e “puxa-saco” é o melhor deles.
Assim, eu NÃO. Não acho que eu (e você) seja desonesto nem me satisfaço ou nunca me satisfiz com a desonestidade.
Sou daquelas pessoas que voltam para devolver o troco, mesmo que tenha sido maltratado pelo funcionário da loja, porque “é o certo a se fazer”. Sou e conheço muita gente que procura fazer o certo, porque pai e mãe, a partir da Palavra de Deus, ensinaram que é assim que se faz. Sem nem esperar se outros vão fazer. E não é grande coisa. É algo a se fazer porque é o certo. Simples assim.
Muitas vezes querem reduzir a corrupção de nosso grandes bandidos de colarinho a algo como comprar um CD pirata. Isto também é errado. Assim como exceder o limite em estradas. O problema é alguém querer comparar a corrupção generalizada de nossos governos, com os crimes que o cidadão comete por vez ou outra.
Repito: não deveria fazer. É errado.
Sabemos que o nosso judiciário tem a tendência de prender o ladrão de galinha, que faminto, cometeu um crime, enquanto janta junto com seus bandidos de estimação.
Então… Repito: me cansei de “ser desonesto”. Ou melhor: “me cansei de ser chamado de desonesto”, quando políticos usam o “todo brasileiro” é corrupto pra justificar sua própria corrupção. E mesmo que essa mentira fosse verdade, a autoridade, o líder, deveria dar o exemplo de honestidade, não o oposto.
Ouço muitas vezes as pessoas dizendo: “Nossos políticos e demais autoridades são corruptas e desonestas porque o povo é desonesto.” Eu não sou. Você é? A maioria absoluta das pessoas que conheço e convivo também não são sistematicamente corruptas como a ampla maioria de nossas autoridades em todos os poderes.
Diz-se assim: “o problema não é o político corrupto e sim o povo corrupto que o elege”. Em parte pode até ser verdade. Mas no todo é mais uma mentira de nossa multidão de autoridades corruptas, que querem te convencer de que você é corrupto também, então “não pode falar nada deles”... É igual o cara que fuma e não pode dar “lição de moral em quem não fuma”. Embora alguém que tenha fumado a vida toda e sinta hoje as consequências pra saúde, possa sim, orientar quem está começando no vício. Até com exemplo de seu pulmão falido. Ou alguém que perdeu a família por causa do vício (seja qual for) pode sim falar de sua desastrosa experiência e mostrar seus “calos”.
Voltando: temos uma legião de corruptos comandando o Brasil (sem medo da justiça, porque mais de 45 mil têm “foro privilegiado”) em todos os níveis, mas temos muito mais gente honesta tentando ganhar a vida e chegando a pagar metade do ano em impostos, para “empreender”.
Temos pais e mães servindo de bons exemplos a seus filhos, para que “sejam boas pessoas”. Mas somos chamados de tudo que é coisa ruim… E ainda temos que aguentar as pessoas dizendo que “o povo brasileiro” é corrupto. Eu não sou. Você é? Acho que não. E mesmo que fosse, não dá direito à “autoridade” de fazer o que quiser. A “autoridade” deveria ser exemplo. Servindo ao povo e não se servindo dele.
Você não cansou de “ser desonesto”? Eu cansei. Não aceito mais o rótulo. Assim como não aceitei nunca a alcunha de “estuprador” (por causa da dita cultura do estupro), nunca aceitei que sou “machista”, só porque faço questão de tratar bem minha esposa e filhas e procuro fazer com que nada lhes falte, pois para isso Deus me chamou. Não aceito ser chamado de “genocida” porque entendo que o cidadão deve ter a liberdade de comprar ou não uma arma, é uma questão de direitos e liberdades individuais. Mesmo porque as "autoridades" estão protegidas em suas salas VIP e com seguranças armados e carros blindados pagos com o nosso dinheiro, pois dinheiro de imposto é dinheiro nosso, não "do governo". O governo administra e PESSIMAMENTE.
Quem é esse governo corrupto pra achar que sabe alguma coisa? Mudam as leis para beneficiar seus bandidos de estimação (de todas as cores e partidos). Usam mulheres (e outros cadáveres de seu interesse) assassinados como “bandeira” política. Já outros usam o mesmo assassinato para mostrar que os inimigos “escolhem” seus corpos… Todos são iguais. Todos brigando hoje para ver quem será o dono da verdade amanhã. Porém a Bíblia já diz: “Maldito o homem que confia no homem… e aparta o seu coração do Senhor” (Jeremias 17.5)...
Eu cansei “de ser desonesto”. Aliás, nunca fui, se não na boca desses que se dizem “irrepreensíveis”.
Rev. Jarbas Hoffimann
Comments