A ansiedade tem tomado conta da sua vida nos últimos dias? Você vive preocupado, com medo de que as coisas não saiam como gostaria? Talvez você não seja uma pessoa ansiosa, mas provavelmente já tenha passado por momentos de ansiedade. A ansiedade é o mal deste século. É um estado emocional caracterizado por sentimentos de tensão, preocupação do ser humano ao enfrentar algum problema ou diante de decisões difíceis do dia a dia. Ela atinge a todas as pessoas e abala a nossa felicidade, nossa saúde, nossa fé.
Jesus conhecendo as preocupações, os conflitos, as limitações dos discípulos, ensina a meditar sobre a ansiedade. Ensina a necessidade de uma vida isenta de preocupações. Ensina não ficar, o tempo todo, ansioso sobre as coisas desta vida, mesmo que sejam as necessidades básicas como comer e vestir. Por isso, a ordem de Jesus é não se preocupar ou andar ansiosos. Ele afirma: “eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vida ,quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quando ao que haveis de vestir”.(v.22).
No entanto, seria errado concluir que Jesus estaria proibindo a busca ou a preocupação daquilo que é necessário para o ser humano: alimentação e vestiários. Afinal, precisamos de alimentação e vestiários para sobreviver. Esta preocupação é normal. É a necessidade primária do ser humano. A preocupação que Jesus proíbe é aquela que tira o sono e a paz. Aquela preocupação presa exclusivamente às solicitudes e demandas da vida, ou seja, o cuidado pelo o bem-estar pessoal. O medo de perder aquilo que dá segurança e o temor de não ter acumulado suficientemente para a vida. Enfim, aquela preocupação excessiva que não produz nenhum fruto proveitoso na edificação espiritual, pelo contrário, manifesta-se como resultado de uma vida desprovida de fé na providência divina.
Jesus enumera, então, três motivos para não vivermos ansiosos. A primeiro motivo: Ele diz: “a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes. ” (v. 23). Vivemos numa época na qual as pessoas enfrentam nos dias de hoje uma preocupação constante com tudo o que acontece na vida. O homem se preocupa com o dia de amanhã, com o que vai comer, com o que vai vestir, passa a maior parte do seu dia vivendo preocupado.
No entanto, devemos nos questionar: Este é o foco de nossa vida? Quando o foco da vida for a própria subsistência, brotará a ansiedade. Quando faço do alimento ou da roupa, uma preocupação constante, então não vivo a vida. Por isso, Jesus nos ensina aqui um princípio muito importante para não vivermos ansiosos: A comida e a roupa são importantes para nós, mas a vida é essencial, porque Deus nos deu a vida, e certamente também nos dará o alimento que necessitamos para nosso sustento, nos dará também roupa para que os cubramos e abriguemos. Quando cultivamos o valor da vida, eliminamos muitas preocupações.
O segundo motivo: “observem os corvos: não semeiam, nem colhem, não tem despensa nem celeiros. Contudo, Deus os alimenta”.(v.24). As aves não produzem seu alimento nem cuidam da terra. Deus cuida de todas as aves diariamente. Ele se preocupa até mesmo com estas pequenas aves que são criaturas de pouco valor que eram vendidas no mercado como alimentação dos pobres, mas ainda assim Deus cuidava delas. Porventura esse Deus, não cuidaria de seus próprios filhos? Por isso, não há motivos de estarmos preocupados. Porque o Pai celeste sabe tudo quanto seus filhos precisam receber nesta vida. Lemos em 1 Pedro 5.7: “Lançai sobre ele a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.
O terceiro motivo: “E por que andais ansiosos quanto ao vestuário?”(v.27). Jesus fala sobre a ansiedade em relação às roupas: “observem como crescem os lírios”. Nada fazem senão crescer conforme a natureza. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, Jesus mostrou que as flores apesar de sua beleza, eram de pouco valor e só serviam de combustível que, por sua vez, era utilizado na fabricação do pão para os homens. Esse mesmo Deus, por conseguinte, deve ter muito mais cuidado pelo homem. Jesus não promete dar-nos trajes mais belos que as vestes das flores, e sim, o fornecimento do que é necessário, Diz Paulo: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”(1 Tm. 6.8).
Que possamos deixar a ansiedade de lado e depositar os nossos anseios no Senhor através da oração e súplicas. (Fp 4.6); e confiando plenamente em suas promessas. (Sl 37.7).
Pr. Alcemar Cabreira
Comentarios