Jesus, Mestre, foi a encarnação da verdade, tudo o que ele ensinou foi efetivo. Jesus, enquanto ser humano encarnado, puro e sem pecado; teve um conhecimento ilimitado, suas reservas sobre a verdade eram infinitas. E, com isso, havia um grande distanciamento entre Jesus e os demais seres humanos. Nenhum homem seria capaz de aproximar-se da perfeição de Cristo, tanto na qualidade, como no grau.
O Mestre era a verdade em si, tudo o que ele falava ou fazia transbordava em exatidão. A verdade viva, como cita João: Respondeu-lhe Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim,” (Jo 14. 6). Jesus não é apenas o caminho para Deus, ele é a própria verdade de Deus, o próprio Deus que se entregou para que o mundo pudesse viver. O caminho que é inerrante, a verdade infalível e a vida que não cessa, Jesus Cristo.
Verdade moldada pelo amor, caridade, majestade, paciência, persistência, servir, etc. Jesus sempre mostrou um profundo interesse pelo ser humano, ele se preocupou com o bem estar das pessoas. O seu ministério sempre foi voltado para o serviço, a hospitalidade, a amabilidade para com os outros. Jesus não estava preocupado com os cerimonialismos farisaicos, mas ele via as pessoas como ovelhas sem pastor, Cristo amou à humanidade, ele tinha uma viva inquietação por suas angústias e problemas. E a maior prova desse interesse foi a sua obediência diante da cruz. Esse é o nosso Deus, nosso Cristo, aquele que afirmou que veio ao mundo não para ser servido, mas para servir. Seu coração estava totalmente entregue para um mundo precário, desértico pelo pecado, mas sua amabilidade trouxe um novo horizonte, o de um Criador compassivo e de profundo perdão, longe das afirmações sentenciadoras dos grupos religiosos.
Misericórdia revelada no cuidado com o coxo, com o cego, com os enfermos; diante dos ataques dos fariseus, dos escribas; onde havia o espaço da dor ou incompreensão, ali a semente do Evangelho era lançada. Em tudo o que o servo Jesus fazia, havia contornos de preocupação e zelo para com as pessoas.
A Palestina de Jesus era de extrema pobreza, pesados impostos romanos circulavam por entre ruelas, com pobres, pedintes, escravos e desvalidos. O povo era suprimido de ambos os lados: de um lado estavam os líderes religiosos, sedentos pela prática pura da religião e o entrincheiramento da Lei escrita com seus adendos humanos. Existiam os publicanos, cobradores de impostos, ávidos pelo lucro. Havia os que se destacavam na atividade, que eram ricos, como Zaqueu. Por atuarem em tal área, corriam o risco da antipatia social. Eles estavam associados à categoria das profissões degeneradas, assim como os porqueiros, os vendedores de alho, serventes, curtidores, eles possuíam o estigma dos líderes religiosos.
Do outro, os romanos apenas preocupados em expandir e lucrar com os dominados. Eis o panorama que Jesus vivenciou, ali ele serviu o banquete celestial: para os pobres, excluídos, perseguidos, viúvas, publicanos e demais periféricos. Para os perdidos há salvação, existe o perdão. O lugar dos pecadores é em Jesus Cristo, seu amor não se limita nas palavras humanas.
Cristo ofereceu sua amabilidade em forma de comunhão para essas pessoas. Pois o amor de Deus se realiza no necessitado, no pecador. É no pecado que as dádivas do Reino acontecem, plenificam-se. Todas as pessoas precisam ter o acesso ao pão celestial, ao alimento que sacia verdadeiramente todos os filhos de Deus. Aqui está a amabilidade de Jesus Cristo, um serviço que não para, que é contínuo, um amor que encontra sua forma plena na vida do próximo. Assim como a cruz que ergueu nosso Senhor, que encontrou sua forma na humanidade pecadora. Tudo por meio da entrega, da doação e amor. Assim é o verdadeiro serviço, um contínuo labor em prol dos necessitados, dos pecadores. Tendo como fundamento o nosso Deus, Jesus Cristo.
Pr. Artur Charczuk
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