Sabe, existe algo que a pandemia está escancarando aos nossos olhos e, quem sabe, nem todos tenham percebido isto. Estamos todos conectados. E não falo aqui das redes sociais ou das inúmeras reuniões online e das transmissões ao vivo. Falo da conexão como seres humanos, sociedade, grupo de pessoas. O que fazemos ou deixamos de fazer acaba afetando a vida de muita gente, próximas de nós ou não, quase que em um efeito dominó.
Um exemplo disto é o setor da economia. Uma família com salário reduzido ou sem renda vai deixar de consumir como antes. Isto trará reflexos no comércio da cidade. Com menos dinheiro circulando no comércio, outras famílias também terão sua renda reduzida. Outro exemplo seria quando a agricultura quebra. Os reflexos são sentidos por quem nem sequer sabe como funciona o plantio e a colheita. Estamos todos ligados.
Infelizmente, chegamos ao final do ano com números alarmantes da Covid 19. Há um mês estávamos com a sensação de se ter a situação sob controle. Porém, neste meio tempo ocorreram situações aos quatro cantos do Brasil onde dificilmente se viu o respeito aos protocolos de saúde diante de uma pandemia. Como consequência disto, agora toda a sociedade paga o alto custo de uma contaminação em massa e sem controle. Nesta sociedade onde todos estamos conectados uns aos outros, toda ação tem uma reação.
E, dentro desta conexão, somos convidados a semear algo em especial, conforme a Palavra de Deus nos orienta em 1 João 3.18: “Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações”. Somos desafiados a amar os que questão ao nosso redor, a perdoar, acolher, carregar fardos, ouvir desabafos, corrigir e aconselhar. Não com o nosso amor falho e egoísta, mas com o amor que nos contagia e que brota da manjedoura. Afinal, “nós amamos porque Deus nos amou primeiro” (1 João 4.19).
Nesta sociedade que, ao mesmo tempo é tão conectada e ao mesmo tempo tão ansiosa e repleta de maldade, aproveitemos bem as oportunidades para amar com o amor do Salvador Jesus. Este é o amor verdadeiro, que é capaz de se espalhar “como um perfume que se espalha por todos lugares” (2 Coríntios 2.14).
Então fica a dica: o que fazemos ou deixamos de fazer pode ter reflexo por toda a sociedade. Portanto, sejamos multiplicadores dos bons aromas do verdadeiro natal, marcado pela manjedoura, pela cruz e pelo túmulo vazio.
Rev. Bruno Serves
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