Quando Jesus estava saindo do pátio do Templo, um discípulo disse: — Mestre, veja que pedras e edifícios impressionantes! Jesus respondeu: — Você está vendo estes enormes edifícios? Pois aqui não ficará uma pedra em cima da outra; tudo será destruído! Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, olhando para o Templo, quando Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular: — Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar quando é que todas essas coisas vão começar? Então Jesus começou a ensiná-los. Ele disse: — Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu e dizendo: “Eu sou o Messias!” E enganarão muitas pessoas. Não tenham medo quando ouvirem o barulho de batalhas ou notícias de guerras. Tudo isso vai acontecer, mas ainda não será o fim. Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá tremores de terra e falta de alimentos.
Essas coisas serão como as primeiras dores de parto. — Vocês precisam ter cuidado porque serão presos e levados aos tribunais e serão chicoteados nas sinagogas. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles sobre o evangelho. Pois, antes de chegar o fim, o evangelho precisa ser anunciado a todos os povos. Quando prenderem e entregarem vocês às autoridades, não fiquem preocupados, antes da hora, com o que irão dizer. Quando chegar o momento, digam o que Deus lhes der para dizer.
Porque as palavras que disserem não serão de vocês mesmos, mas virão do Espírito Santo. Muitos entregarão os seus próprios irmãos para serem mortos, e os pais entregarão os filhos. E os filhos ficarão contra os pais e os matarão. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores, mas quem ficar firme até o fim será salvo.
Marcos 13:1-13 NTLH
Nosso texto se passa no pátio do templo. Na verdade, a conversa ali, por causa das grandes pedras do templo. Os discípulos parecem fica impressionados... Mas Jesus, que conhece todas as coisas, sabia o que iria acontecer. Alias foi por causa dessa frase que Jesus foi julgado e condenado.
No momento da acusação de Jesus, os acusadores disseram que ele estava falando mal do templo. Na verdade, ele sabia o que iria acontecer. Cerca de 35 anos mais tarde, aquele templo foi destruído e o que existe hoje é apenas uma parede, que é conhecida por “muro das lamentações”.
Logo mais adiante Jesus avisa sobre as coisas do fim. E algo que é especialmente lembrado em dias como hoje, quando ainda lembramos dos ataques terroristas na França, é dos tais “rumores de guerra”. Muita gente logo se levanta para dizer: “olha, isso é sinal do fim”. Bem, rumores de guerra sempre acompanharam a história humana. Desde que Caim matou Abel. O próprio povo de Israel se envolveu em diversas guerras. Algumas delas foram ordenadas pelo próprio Deus, outras foram castigo de Deus contra seu povo desobediente.
O que quero destacar do texto de Marcos 13 é o seguinte: “ Tomem cuidado para que ninguém engane vocês.” (v. 5).
Jesus deu este aviso, porque ele sabe que quando as pessoas estão desesperadas, se tornam presas fáceis para os mercenários, os bandidos, as aves de rapina.
Todas as vezes que conversei com comerciantes que tinham sido vítimas de falsificação ou cheques roubados, a história foi mais ou menos a mesma: a pessoa chega com uma cara boazinha, se faz de coitada ou de muito esperta... Normalmente quando o funcionário está ocupado com outros afazeres ou com a loja cheia... Daí não vai ter tempo de conferir a nota ou o cheque adequadamente e acaba recebendo algo que não vale nada.
Muitas pessoas que se dizem portadores da fé, hoje em dia, agem exatamente assim: Plantam o desespero no coração das pessoas. Dizem para você que fizeram um trabalho para você e que isso está te tirando o emprego, a saúde, a família... Ou dizem que você está sendo possuído pelo diabo ou por pessoas que servem ao diabo. Uma vez que você esteja com medo, eles vendem o serviço...
É igual aquele vigia de rua que chega e diz: olha, a partir de hoje eu vou cuidar da rua e você pode me ajudar com algum trocado? Você diz: mas aqui o bairro é tranquilo e nunca aconteceu nada... É, era tranquilo até hoje... Só essa frase já te faz ficar com medo e você pode acabar cedendo. Uma coisa: esses vigias nunca quiseram trabalhar em lugares perigosos mesmo. Eles buscam os locais residenciais, com boa vizinhança e onde as pessoas estão bem protegidas... Ali eles dizem trabalhar. Ali, onde justamente ninguém precisa do seu trabalho.
Cuidado para não serem enganados.
Em tempos desesperadores, podemos tirar os olhos da Cruz de Cristo. Em tempos de seca, podemos perder a fé e seguir os falsos profetas. Em tempos de miséria e desemprego, também. Quando falta a saúde, podemos querer resolver por nós mesmos e ficar tentados a acreditar nos falsos profetas que prometem solução pra tudo.
Tem uns até que construíram o templo de novo. Como se aquele templo ainda fosse necessário. O templo que foi destruído, não precisa mais ser reconstruído. Ele era uma figura do que ainda estava por vir. Primeiro veio o tabernáculo, que era construído durante a caminhada do povo pelo deserto. Era móvel e representava a presença de Deus entre o povo. Quando o povo fixou residência, o templo foi construído. Foi erigido e inaugurado por Salomão e abençoado por Deus. Foi destruído quando o povo abandonava Deus. Pois não fazia sentido querer a presença de Deus, se ninguém mais ligava para isso...
Depois, quando o povo se arrependeu, Deus permitiu que o templo fosse reconstruído. Mais tarde, o verdadeiro templo apareceu: era o próprio Jesus Cristo. Por isso que ele fala: vocês vão destruir o templo e ele será reconstruído em três dias. Ele falava de sua morte e ressurreição. E esse templo não é mais fixo em algum lugar. Ele nos acompanha. Ele está conosco sempre. Ele quer nos proteger dos falsos profetas e falsos messias.
Cuidado para que ninguém engane vocês. Permaneça em Cristo e você tem a vida eterna. Nas outras situações, sempre haverá dúvidas. Com Cristo estaremos seguros aqui e rumaremos para a vida eterna. Amém
Rev. Jarbas Hoffimann
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