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A Paixão de Cristo


Hoje, vamos refletir sobre Mt 26.35-46.


Semana da Paixão de Cristo. É um momento de reflexão sobre o sofrimento de Cristo, que morreu por nós na cruz e ressuscitou para nos dar salvação e vida eterna. Que todos nós possamos estar com os corações cheios de amor para viver esta semana tão especial.

As horas que antecederam a crucificação foram horas de grande angústia para Jesus. Ele inicia à sua caminhada rumo ao Calvário. Na noite em que Ele foi traído, após a ceia, Jesus se retirou com os discípulos para o Jardim do Getsêmani. Naquele lugar, Ele viveu momentos de intensa e imensa agonia. Ao olhar para aqueles discípulos, Jesus recomenda: Assentai-vos aqui, entanto eu vou ali orar, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu. Ele desejou ansiosamente a companhia dos seus discípulos, pois naquele momento Ele precisava de apoio, diante da agonia que estava vivendo no Jardim do Getsêmani.


Ele começou a entristecer-se e angustiar-se. São duas palavras que descrevem os momentos que Jesus viveu no Jardim do Getsêmani, ou seja, a tristeza, aflição, a angústia foram momentos que marcaram o começo de seu grande sofrimento, da sua grande tribulação. Foram amargos aqueles momentos para Jesus no Getsêmani. Uma indescritível tristeza invade seu coração. A expectativa do sofrimento que o aguardava, começa no Jardim do Getsêmani: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigia comigo.


Em meio àquela grande agonia, Jesus faz um pedido ao Pai. Ele rogou ao Pai que se possível, afastasse o momento tão terrível que Ele estava sentido: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" . Mt 26.39). Foram três momentos em que Jesus ora ao Pai Celestial. Jesus pediu por três vezes ao Pai para que, se possível não sofresse as dores da terrível cruz. Diz o evangelista Lucas que agonia foi tão profunda que Ele começou a suar sangue. (Lucas 22.44).

Teria Deus abandonado seu Filho? Jesus não recebeu resposta imediata do Pai. Ele ficou em silêncio. Além disso, os discípulos estavam dormindo. Não se preparam vigiando e orando para enfrentar a angústia, a tristeza e o sofrimento que Jesus estava vivenciando. Nesta hora, Jesus estava literal e absolutamente sozinho. Estava atemorizado pelo flagelo e espancamento que iria sofrer na sua própria carne. Estava aterrorizado pelo terror da cruz. Mas Deus ouviu a oração de seu Filho. Ele foi fortalecido, foi encorajado pelo Pai, para que prosseguisse em sua elevada missão, ainda que dolorosa. Lucas relata que a Jesus “lhe apareceu um anjo do céu que o confortava” (Lc 22.43).


Muitas vezes, nos sentimos sozinhos no meio da batalha. Sentimos realmente a dor que passa dentro do nosso coração. Somos desamparados pelas pessoas, mas Deus nunca nos desampara nos momentos mais difíceis da nossa vida. “Porquanto o Senhor teu Deus é Deus misericordioso, e não te desamparará...” (Dt 4.31). “Porque o Senhor... não desampara os seus santos” (Sl 37.28). Um Deus que cuida de nós, que nos ampara, nos consola e, acima de tudo, nos ama com um amor tão grande que deu a sua própria vida para nos salvar.

Que o bondoso Deus abençoe a sua vida!


Pastor Alcemar Cabreira

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