Imagino que ser pai é uma arte que se transforma constantemente, nas mais diferentes fases da vida.
Quando nasce um filho, nasce também um pai. E ambos aprendem juntos a arte de amar e ser amado. Ambos estão sempre aprendendo um com o outro.
Crianças aprendem a viver. Homens aprendem a ser pais.
E isto acontece ao longo da vida, etapa por etapa, entre erros e acertos.
Até parece que esta arte de ser pai parece o processo de produção de um bom vinho, que leva tempo e passa por diversos processos.
Vinhos finos são diferenciados, são curtidos em barris de carvalho e o tempo torna-se aliado na sua produção.
Muito melhor do que um bom vinho curtido pelo tempo é o conselho de um pai que já passou por diversos processos de maturação, que já enfrentou boa parte da vida, que já viveu os mesmos dilemas e dúvidas que hoje tiram o sono dos filhos.
Filhos precisam apreciar, brindar e degustar desta riqueza.
Não é só o tempo e a experiência de vida que faz de um pai um depósito de sabedoria e bons conselhos. Pela confiança e pela fé cristã, Deus oferece sabedoria a toda e qualquer pessoa – especialmente aos pais: “Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o SENHOR” (Provérbios 1.7).
De um coração crente no amor de Jesus é que brota a sabedoria para se viver a nobre arte de ser pai.
Esta sabedoria está disponível para pais novos, que estão aprendendo a se conhecer como pai. Esta sabedoria está disponível para pais que são vovôs e que, mesmo assim, continuam amadurecendo como os bons vinhos.
Então fica dica: pais são como bons vinhos, onde o tempo é instrumento para realçar sabores e valores. Pais precisam da sabedoria que vem do alto. Sabedoria que ensina a viver o perdão em família, que ensina a ter tempo para os filhos, que deixa de herança aos filhos a fé em Jesus – o mesmo que garante a ressurreição e a continuidade deste amor entre pais e filhos.
Quanto a nós, filhos, cabe lembrar: “meu filho, escute o que o seu pai ensina e preste atenção no que a sua mãe diz. Os ensinamentos deles vão aperfeiçoar o seu caráter” (Provérbios 1.8-9).
Bruno A. Krüger Serves
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