Olhar para um cesto de pão é ver que ali estão supridas as necessidades humanas, as necessidades do corpo. É um olhar um tanto simples, como se fosse algo comum, parte de nosso cotidiano, mas ele abrange à totalidade do ser humano corporal. Pedir o pão de cada dia é apresentar o desejo de ter o pão regular e, ao mesmo tempo, desejar que ele nunca falte. Um pedido que se expande, que alcança os vastos campos de trigo, com o profundo intuito de alcançar as alturas dos céus, mas ele não vai, mas Jesus Cristo vem. Tudo Deus faz crescer, tudo vem de Deus, somente ele conserva todas as coisas. Sem o seu cuidado, não haveria trigo, nem pão, nem nada, absolutamente nada.
É por meio da oração, da fala simples com Deus, que o ser humano tem a possibilidade de expressar seus desejos e vontades, súplicas e pedidos. Deus não quer palavras bem arranjadas, com discursos longos e bem contornados, como um discurso farisaico, nada disso, Deus quer a fala nua, a fala dependente, a fala pedinte, Deus quer o pecador. O ser humano que está de joelhos diante de Deus, ele está de pé. Pois o homem peca em obras e palavras, mas tem o perdão do Criador diante dele, o consolo e uma vida renovada a partir do Senhor. A vida verdadeira é a vida cruciforme, uma vida em forma de cruz. É ser totalmente dependente de Jesus, é ter consciência de que tenho os tesouros do céu: perdão, salvação e vida eterna. Não existem heróis ou políticos que vão inverter o fluxo da sociedade, nada disso, é Jesus Cristo, nosso suficiente salvador e Senhor. É nele que está o verdadeiro plano de salvação para os homens.
Que o nosso pão nunca falte, que Jesus Cristo nunca falte, aliás, ele nunca faltou, nem falta e jamais faltará, ele está sempre presente em nossas vidas. É confiar, é fazer tudo como se Cristo Jesus estivesse fazendo, aí, queridos irmãos, está à verdadeira alegria, o verdadeiro contato com a fonte interminável de misericórdia chamada Jesus. Sim, de fato, quanto mais falamos de Jesus, mais percebemos que tudo vem dele. Jesus é o nosso Deus diário, regular, suas ações em nós são contínuas. Os campos de trigo se ampliam com o trabalho do homem. Assim também são as palavras sobre Jesus, elas se multiplicam continuamente, porque Jesus é inesgotável. O trabalho humano é limitado, mas em Cristo não existem limites. Sim, nosso Cristo não tem fronteira, é como um vasto campo de trigo, sem fim, onde a frágil visão humana não alcança o horizonte.
Rev Artur Charczuk
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