Estou lendo um livro maravilhoso, amigo leitor, ele se chama: "O ser humano 10 D," da autora Helda Elaine, a leitura é maravilhosa. A escritora tece sobre o ser humano e suas escolhas e o mais interessante é que ela escreveu o livro a partir de suas experiências de vida, isto é, situações reais. No entanto, lá pelo capítulo sexto, a autora fala sobre o empreender com amor, Helda é palestrante e realiza palestras em empresas, mas assim ela escreveu: "Empreender é um ato de amor, antes de ser um ato de negócio. Sem ninguém para amar, qualquer empreendimento é um ato arriscado," pensei comigo: "na mosca!" Se você quiser realizar um empreendimento, você, primeiramente, tem que amar o que está fazendo.
Mas não apenas amar o projeto, mas você precisa amar tudo aquilo que envolve ele: compras, vendas, o material que é adquirido, o material que é vendido, contratos, pessoas que estão contigo, ah! Vamos freiar aqui, pois estamos falando em pessoas, seres que sentem e pensam. Todo o empreendimento deve ter muito amor para sua realização, mas amar as pessoas que estão juntas na empreitada é essencial. O empreendedor não deve esperar uma fôrma pronta de pessoas, ou seja, ele é assim e vai para aquele setor, não, mas empreender não é apenas no material, mas também é no humano. É incentivar, auxiliar, aconselhar, dar dicas, isto é, o empreendedor é aquele que vai até o seu pessoal e o acompanha. Não existe cem por cento de pessoas capacitadas, mas o que existe são pessoas em contínua capacitação. E o amor é o instrumento essencial para tal arte.
Se o amor não é colocado na corrida da vida, o que resta é a solidão, o desconforto com as coisas e um empreendimento pesado como uma pedra. E o sentimento que resta é o culpar: fulano não deu certo, cicrano é o culpado, beltrano não foi satisfatório, sem o amor, tudo fica um tanto mecanizado e frio. Tais reflexos também podem aparecer na igreja: não é uma boa diretoria, o pastor não é suficientemente bom, vamos trocar, a igreja não rendeu o que esperávamos, dentro da igreja, tais pensamentos produzem discursos um tanto perigosos. Os mesmos produzem culpados e mais culpados, é a tendência do ser humano. Culpamos para não nos culpar, enfim, é o fruto do pecado, é a ausência do amor. No entanto, o verdadeiro amor ou certeza das coisas não está no ser humano, mas em Deus, em Cristo Jesus. O amor humano é contraditório, cai nas tentações do maniqueísmo. Sendo assim, o ser humano constitui um mundo dos culpados, tudo é a culpa do outro, por isso, como falam os que culpam: "estou saindo fora." Mas Jesus foi totalmente o inverso, ou seja, ele não deixou os culpados, no entanto ele os abraçou , os acolheu em pura compaixão e misericórdia. A caminhada de Jesus foi toda moldada em abraçar os ditos culpados, Jesus abraçou os culpados, Jesus nos abraçou e continua nos abraçando. Do alto da dor da cruz, Jesus abraçou a culpa de um ladrão, sem ao menos saber o que ele tinha feito. Jesus deu perdão para ele, Jesus concede também para nós. Meus irmãos: não é uma questão de achar culpados, mas o essencial é sabermos que existe um Deus que acolhe nossas culpas, Jesus Cristo. Aí está a essência do amor genuíno, de um Deus perdoador, compassivo e de grande misericórdia. O mundo é dos culpados? Não, mas é daqueles que precisam de perdão, perdão em Cristo. Tudo deve ser feito com amor, tudo deve ser feito com Jesus Cristo.
Rev. Artur Charczuk
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