Êxodo 20:17 – Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.
Cobiça não é admiração inofensiva daquilo que o vizinho possui. É o desejo veemente de possuir o que é dele, a ponto de incorrer em adultério, furto ou homicídio, dependendo do objeto cobiçado.
O rei Acabe, por exemplo, cobiçou a vinha de Nabote a ponto de permitir que Jezabel, sua mulher, planejasse a morte desse homem a fim de se apossar de sua propriedade (1Rs 21:1-16). Vejam o que diz Tiago: “Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1:14, 15). Daí por que o décimo mandamento é diferente dos outros nove, porque enquanto eles se concentram no comportamento (Não terás, não farás, não tomarás, não furtarás, etc), este mandamento se dirige à raiz de todos os nossos problemas: os motivos.
A verdade é que somos responsáveis diante de Deus não só pelos nossos atos, mas também pelos pensamentos. Os pensamentos impróprios promovem desejos impróprios, que por sua vez geram ações incorretas: “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt 15:19).
“Este mandamento revela a profunda verdade de que não somos escravos desamparados de nossos desejos naturais e paixões. Dentro de nós existe uma força de vontade que, sob o controle de Cristo, pode submergir todo desejo ilícito e paixão (Fp 2:13)” (SDA Bible Commentary, v. 1, p. 607, 608).
Quando cobiçamos algo, nos tornamos infelizes, porque passamos a comparar o que os outros têm com o que temos ou deixamos de ter: “Ah, se eu tivesse uma casa igual à dele!” “Ah, se minha mulher fosse assim tão carinhosa!” “Ah, se meu filho fosse tão estudioso quanto o seu!”
Qual o remédio para a cobiça? É o contentamento. “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes” (Hb 13:5). Se Jesus habita em nosso coração será mais fácil nos contentar com o que temos, pois o que realmente importa é ter a eternidade no coração.
Logo os bens terrenos passarão. Então veremos que o Céu é o único lugar onde a grama é, de fato, mais verde.
Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:
Controle, Pai, o meu pensamento, os meus olhos, a minha boca, qualquer desejo de cobiça que esteja ferindo os Teus princípios, os Teus mandamentos. Faça isso com cada um de meus ouvintes, também! Em nome de Jesus, amém!
Pr. Amilton Menezes
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