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O adeus de um herói


Deuteronômio 32:52 – Você verá a terra somente a distância, mas não entrará na terra que estou dando ao povo de Israel.


Ali estava um grande líder, um gigante espiritual, o homem escolhido por Deus para libertar Seu povo do cativeiro. Havia recebido os dez mandamentos da lei de Deus e escrevera mais do que qualquer outro escritor bíblico que o sucedeu.


Naquele dia ele se levantou mais cedo do que de costume. Antes de o sol nascer. Era seu último dia na Terra com um povo que ele amava e com o qual tinha sofrido.


Mas ainda tinha providências a ser tomadas, coisas a ser colocadas em ordem e palavras finais a dizer para a nova geração.


Israel teria um novo começo naquela terra que manava leite e mel. E se alguém tinha direito a esse novo começo era Moisés. Viver na Terra Prometida tinha sido sua motivação por todo o caminho, desde que deixara o Egito. Ele deve ter implorado a Deus: “Senhor, por favor, deixe-me entrar. Eu sofri com esse povo e sonhei com este momento. Estou só a poucos dias da realização completa. Por quê?”


Despedidas são momentos difíceis tanto para quem sai como para quem fica. Os pastores que ficam de cinco a seis anos numa igreja sabem disso. A vida dos membros começa a fazer parte da sua vida, como a vida dos pastores também começa a fazer parte da vida dos membros da igreja, mas se separam esperando no futuro se reencontrarem pelo caminho. Para Moisés, tinham sido quarenta anos.


Sua vida passou como se fosse um filme diante dele: a educação que recebera da mãe, o dia em que matara o egípcio, seu chamado diante da sarça ardente… Relembrou todas as maravilhas que Deus havia realizado por seu intermédio: a libertação de Israel, a abertura do Mar Vermelho e a derrota do exército egípcio. Lembrou-se do maná, da água fluindo da rocha, da nuvem e da coluna de fogo. E agora, com o coração partido, subia o monte sozinho.


Lá de cima, viu Canaã, a terra com a qual sonhara por quarenta anos. Do outro lado, olhou e viu as tendas e barraquinhas do povo com quem ele estivera acampando por quatro décadas. Deve ter sido uma ocasião de muita emoção para Moisés.


Chegou então o momento. Nenhuma fanfarra tocava. Nenhum discurso. Ninguém lia seu obituário. Não havia trombetas tocando enquanto seu corpo baixava à sepultura. Deus foi quem marcou o lugar onde Seu querido líder descansou. A história não terminou ali. Deus marcou o lugar da sepultura e, como grande amigo de Moisés, levou-o para junto de Si.


Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:


Obrigado pelo exemplo vitorioso de Moisés e pelo final feliz de sua história. Queremos também a Eternidade, Pai! Em nome de Jesus, amém.




Pr. Amilton Menezes

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