O apóstolo já repetia que “todos mentem e enganam sem parar” (Rm 3.13).
Uma profecia sobre as fake news? “Dos dedos deles saem mentiras perversas, e dos seus celulares saem palavras de morte, como se fossem veneno de cobra. A troca de mensagens deles está cheia de terríveis maldições”. A contextualização da carta bíblica é fato, não é fake.
O WhatsApp atingiu em julho a marca de 120 milhões de usuários ativos no Brasil e 1,5 bilhão em todo o mundo. Por isto, as recomendações para aqueles que prezam o mandamento “não dirás falso testemunho contra o próximo”: usar o bom senso, buscar informações, suspeitar, não compartilhar logo no calor da emoção. Mas, no aspecto religioso, quais os estragos das falsas notícias? Se a principal tarefa da igreja é espalhar a boa nova da salvação em Jesus, dependendo do envolvimento no mundo das mentiras, será que o cristão não estará comprometendo o poder transformador do Evangelho?
"Deus disse isso porque sabe que, quando vocês comerem a fruta da árvore, os seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal" (Gn 3.5).
Pronto, estava lançada a primeira falsidade pelo pai da mentira. E assim, as fake news seguem do Gênesis ao Apocalipse e em toda a história, revelando a natureza humana – a queda em acreditar naquilo que o coração deseja.
Muito antes do advento da Internet, a lei já dizia:
“Não ande espalhando mentiras no meio do povo” (Lv 19.16).
Assim, não basta encontrar mecanismos na tecnologia para combater as falsidades nas redes sociais. Existe uma ferramenta mais eficaz. Ao pedir para deixar a mentira de lado, a Bíblia lembra uma capa protetora que absorve qualquer impacto satânico:
“Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus e que se mostra na vida verdadeira, a qual é correta e dedicada a ele” (Ef 4.24,25).
Sem dúvida, um constante alerta quando a mentira está no coração e no celular.
Rev. Marcos Schmidt
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