Tudo muda, né, amigo leitor. Hoje faz um lindo Sol, mas amanhã poderá ser um dia nublado e com chuva. De repente está calor, outras vezes pode estar frio; você pode encontrar um largo sorriso em alguém, outras vezes pode encontrar um rosto sério, dentes cerrados. O que era bonito de repente não é mais, o casulo de hoje é a borboleta de amanhã. Posso achar uma leitura excelente, amanhã ela nem me faz falta. Estou feliz e alegre, minutos depois um tanto triste e fatídico, ou o inverso. Achar a criação linda, depois enjoativa e repetitiva.
Gostar de uma música e, minutos depois, não querer nenhuma cifra ou tom dela. Falar super bem do beltrano, cicrano, dias depois só palavras não muito boas. Levantar contente, entusiasmado, outros dias sem ânimo, desesperançado. Povos unidos e, dias e meses depois, desunidos. Fartura hoje, racionamento amanhã; liberdade hoje; quarentena amanhã; pandemia hoje; gripezinha amanhã. Tudo muda, tudo modifica, tudo está em constante movimento, palavras e coisas.
No entanto, em meio aos movimentos, existe alguém que não muda, que está acima de nós, Jesus Cristo. O Deus que ama o ser humano infinitamente, que não modifica o seu amor por nós. Ele até mudou, deixou o trono celeste para estar conosco e abraçar nossa causa pecadora, mas sua mudança é diferente das mudanças humanas; porque nele não existe pecado. Não podemos nem querer definir o seu ato como mudança, mas é simplesmente amor, amor que vem de Deus, Jesus Cristo. Nosso Jesus é imutável, tanto que a cruz foi o auge de seu amor que não mudou por nós. Embora pecadores, o Filho de Deus tudo nos ofertou, nos deu em pura graça e amor.
Quão maravilhoso é depender de Deus, mudamos porque somos frágeis, assim é nossa parca natureza. Em tempos de pandemia, onde ficamos com os sentimentos sempre mudando, olhemos para Jesus Cristo, nosso Deus e sua imensa misericórdia. Em Jesus nada muda e tudo ele nos oferece: perdão, salvação e vida eterna. Seja qual for o sentimento, amigo leitor, entrega para Jesus, ele torna imutável o que é mutável. Deixa os nossos sentimentos fixos na esperança, na misericórdia, compaixão, perdão, enfim, tudo muda, as estações mudam, mas o amor de não, pois ele é pleno.
Rev Artur Charczuk
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