As estatísticas mostram que ano após ano, o número de cristãos assassinados e martirizados por causa de sua fé, aumenta. Nos países em que testemunhar Jesus Cristo é correr o risco de ser punido com prisão e pena de morte; nos países que proíbem a construção de templos cristãos; nos países que proíbem reuniões para estudos bíblicos ou cultos; chama atenção o fato de justamente nesses países o cristianismo está crescendo.
Vivemos num país em que praticar a fé é algo livre, no entanto, 360 milhões de cristãos perseguidos hoje. Cristãos ainda são ridicularizados, zombados, torturados e infelizmente mortos por causa da fé em Jesus.
Uma palavra muito significativa na perícope (Mateus 10.24-33) é “portanto” (Mt 10.31-32). Essa palavra liga a promessa ao confessar Cristo mesmo diante de tantas coisas negativas. Sobre cada discípulo que confessa Jesus há uma mão invisível. Nada pode se interpor entre o servo de Cristo e a coroa eterna.
Mesmo que confessar a Cristo traga consequências ruins nesse mundo, a negação trará consequências eternas.
O reino de Deus é justiça, pureza, amor, assim, a injustiça, a imundície e o egoísmo lutam contra ele.
A quem devemos confessar? Jesus Cristo.
Diante de quem devemos confessar Jesus Cristo? Diante dos Homens bons e maus, pobres e ricos, ignorantes e instruídos.
Como devemos confessar a Jesus Cristo? De maneira verbal e prática.
Jesus Cristo deve ser confessado no santuário, na loja, na família. Mesmo na pobreza, na aflição, no luto, o cristão deve confessar a Jesus Cristo.
O que nos impede de confessar a Jesus Cristo? Medo de ser injuriado (Mt 10.25); Medo do ódio dos homens (Mt 10.21); Medo de perseguição e da perda. Os pais do cego de nascença tinham esse medo (Jo 9.22).
Quais são as vantagens de confessar a Jesus Cristo? Reconhecimento e aprovação (Mt 10.32; Ap 3.5).
Quais serão as consequências de não confessar a Jesus Cristo? Uma eternidade sombria.
Faça uso do método prudente. Deixe os ímpios dizerem o que quiserem contra você. Deixe as mãos dos ímpios, elas só poderão fazer o que Deus lhes permitir. Deus pode restringi-los, para que assim você vá mais longe, “de cidade em cidade”.
Jesus disse que as pessoas nesse mundo em sua perseguição passam das palavras aos golpes. Deixe àqueles que os odeiam por causa de Cristo dizer de você e fazer com você o que quiserem, afinal, eles podem apenas ferir o corpo.
Para cada situação pavorosa (Mt 10.21 – 23) há um encorajamento (Mt 10.26,28,31). O discípulo, perseguido por causa do mestre, é sustentado com coragem pelo mestre.
Jesus registrou três atitudes diante o envio a esse mundo (Mt 10.24-33): 1 - Suportar com paciência a ingratidão e o ódio do povo contra Cristo; 2 - ser prudente; 3 - lembrar do galardão celestial.
Apesar dos milagres, das curas, de ter expulsado demônios, ter saciado famintos, a principal missão de Jesus, não foi erradicar a pobreza e a miséria do mundo e nem proporcionar uma vida feliz aqui na terra. Sua missão foi reconciliar a humanidade com o Pai. E, enquanto estão nesse mundo atuando como enviados de Deus, Jesus dirige os olhos dos seus discípulos para o futuro e lhes mostra o que os aguarda enquanto proclamam.
Os discípulos são enviados como ovelhas no meio de lobos (v.16); serão levados diante de tribunais dos judeus e dos gentios. Até seus próprios familiares os denunciarão (v.36); seriam odiados por causa do nome de Jesus (v.22);
Em Atenas, na capital de Grécia, bem como em Roma eram adorados centenas de ídolos. Nenhuma pessoa era perseguida por causa de sua idolatria, no entanto, proclamar Jesus era e é motivo de ódio. Qual motivo? Jesus deseja exclusividade, pois só Ele é o autor e consumador da salvação.
Seguidores de Jesus são odiados! Perseguidos! Caluniados! Injuriados! Torturados! Mas, Jesus anunciou: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder” (Lc 12.49). Este fogo é a perseguição. E seu desejo de que ardesse é para o bem da igreja, pois purificará os fiéis. Não temais!
Em meio ao ódio das pessoas, “sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10.16). Seja prudente, não se coloque desnecessariamente em perigo. Seja simples, ou melhor, sincero, fiel na pregação, “deixe tudo às claras”. Não negue a verdade procurando agradar às pessoas. Jesus enviou os seus para proclamar e não ser massagista de ego. Em matéria de fé, não se pode procurar agradar gregos e troianos. A verdade precisa ser dita doa a quem doer.
“Não temais os que podem matar o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28). Cuidado para não negar o Filho do homem Jesus pensando nos filhos deste mundo. Jesus disse: “Tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). Tomar a cruz sobre si e seguir a Jesus sem temer o ódio das pessoas do mundo, afinal aquele a quem seguimos está e estará ao nosso lado. Por isso, para cada situação de pavor (Mt 10.21 a 23) há um encorajamento (Mt 10.26,28,31). O discípulo, perseguido por causa do mestre, é sustentado com coragem pelo mestre.
Jesus dirige nossos olhos para a glória futura que nos está reservada. E até esse grande dia, a palavra soará em todo o mundo até que Jesus venha em glória para julgar vivos e mortos.
Ao fixar a glória celestial, temos forças para suportar as desavenças, o ódio do mundo e até o martírio. Sejamos, pois, corajosos no anunciar e confessar a palavra de Deus. Sejamos abundantes no servir ao nosso Senhor. Sejamos abundantes em nosso ofertar para podermos cumprir cada vez melhor a missão de enviar obreiros e missionários e mantê-los para a expansão do reino de Deus. Amém.
Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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