Nossas famílias estão vivendo a chamada geração canguru. Hoje os filhos estão saindo da casa de seus pais cada vez mais tarde, algo bem diferente de décadas atrás, quando eles logo casavam e constituíam uma nova família. Atualmente os filhos têm por objetivos a estabilidade financeira e uma formação acadêmica para então abrir as asas e deixar o ninho.
Este também era o perfil de uma família americana que virou notícia. Após diversas tratativas frustradas e incentivos para que o filho arranjasse um emprego, algo inusitado aconteceu. Michael Rotondo, o filho de 30 anos, recebeu uma carta de despejo movida pelos seus próprios pais. De acordo com os pais, o filho em nada ajudava nas despesas e não tinha qualquer vontade de trabalhar. E, neste clima de conflito, o filho deixou a casa dos pais mediante ação de despejo.
Polêmicas da família Rotondo à parte, precisamos ter sabedoria para fazer uma correta leitura de nosso tempo e cumprir o papel que Deus colocou em nossas mãos. Se hoje é maior o tempo de convívio entre pais e filhos dentro de um mesmo lar, é preciso ressaltar nossas responsabilidades: “Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo. Pais, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos” (Efésios 6).
Mesmo que os filhos estejam deixando o ninho vazio cada vez mais tarde, grande bênção é vê-los carregando consigo a fé cristã. E isto é tarefa de casa, de pai e mãe. Não adianta delegar esta nobre tarefa ao nosso pastor ou à igreja que participamos. É em casa que nossos filhos aprendem a crer em Jesus, dia após dia. Não em uma família perfeita, mas em uma família real, como qualquer outra, que precisa do perdão de Jesus, das bênçãos de Deus para ser feliz e que se fortifica na Casa do Senhor, no culto público.
Então fica a dica: a fé cristã precisa ser vivida, ensinada e compartilhada em família. E se hoje muitos lares estão no ritmo da geração canguru, onde pais e filhos convivem por mais tempo, crescem as oportunidades de ensinar e aconselhar. Eis aí a melhor herança para nossos filhos, a vida eterna conquistada por Jesus.
Rev. Bruno A. K. Serves
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