Isaías capítulo 40 a 55 reflete sobre teologia da palavra. No capítulo 40 faz um contraste entre o ser humano e Palavra de Deus. O ser humano é passageiro como a erva e flor e a Palavra é Eterna (Is 40.6-8). A Palavra foi o meio usado por Deus na criação do Universo (Is 40.26); Deus colocou ordem na terra através da Palavra (Is 48.26); e ele pode continuar usando este poder para transformar a natureza (Is 50.2).
Esta Palavra revela também o plano salvífico de Deus anunciadas nas profecias. Através delas ele antecipou seu plano de salvação (Is 42.9; Is 46.10; Is 48.3-6). É neste trecho que ele anuncia o sofrimento e triunfo do Messias – chamado de “meu Servo” (Is 52.10-Is 53.12). Este servo que reinaria em pessoa e assustaria todos os reis terrenos (Is 52.15), sofreria em favor de toda a humanidade (Is 52.12-14), mas sua segunda vinda deixará os reis sem saber o que falar (Is 52.15). Os homens rejeitara sua mensagem (Is 53.1); sua pessoa (Is 53.2) e também a sua missão (Is 53.3). Seu sofrimento em lugar dos homens faria que fosse expulso entre Deus e homens (Is 53.4-6); embora fosse submetido ao sofrimento (Is 53.7), à morte (Is 53.8), e ao sepultamento (Is 53.9). O resultado disto é que ele seria exaltado e recompensado ricamente (Is 53.10-12). O pecado de toda a humanidade foi colocado sobre o “Servo do Senhor”.
O resultado disto seria que as “fronteiras de Israel se estenderiam para todos os lados”. “As cordas das barracas” serão estendidas (Is 54.2-3). Isto significa que ação do “Servo do Senhor” iria beneficiar todas as nações. Javé então seria “o Deus de toda terra” (Is 54.5; 49.6). Javé volta oferecer sua “misericórdia” ou “amor inabalável” (hesed) e “a aliança da paz” (Is 54.5,9-10).
A oferta gratuita da salvação era feita a todas as nações através do filho, descendente de Davi (Is 55.1-9). Isto é mencionado em Atos 13.45-49; Atos 26.22-23.
Assim, a perícope de Isaías 55. 10-11 é um tipo de conclusão deste trecho e mostra a eficácia da Palavra de Deus. A Palavra poderosa do Criador é comparada à chuva, que infalivelmente produz seu efeito na terra (Salmo 65.9-13). É uma comparação expressiva para as pessoas dos países do Oriente. Depois das primeiras chuvas da primavera (março e abril), o deserto morto de Judá volta a ficar verde.
Para nós esta verdade também se torna perceptível. O efeito da chuva é notado com facilidade após uma estiagem. A grama seca começa a ficar verde logo no dia seguinte a precipitação da chuva. A chuva não deixa de produzir um resultado positivo e assim a Palavra é eficaz e sempre produz um resultado positivo no coração daquele que a ouvem e a entendem (Mt 13.23). Não existem forças humanas ou sobre-humanas que possam impedir a ação de Deus através palavra e impedir que o plano salvífico se concretize.
Após falar isto, o povo recebe a garantia do retorno da tribo de Judá da Babilônia para sua terra (Isaías 55. 12-13). Isto é garantia do cumprimento da aliança e concretização do plano de salvação de Deus em Jesus.
Rev. Edson Ronaldo Tresmann
Bình luận