Mesmo que você não seja fã de Fórmula 1, imagino que tenha assistido as cenas do impressionante acidente do piloto Romain Grosjean, no último domingo, no Grande Prêmio do Bahrein. Seu carro chocou-se no guard rail com tanta força que, além do carro partir ao meio e explodir, ainda atravessou ao meio a proteção de metal que, com tamanho impacto do acidente, transformou-se em uma enorme navalha sobre a cabeça do piloto. Para o alívio de todos, o piloto saiu praticamente ileso do meio das chamas e do guard rail retorcido.
Em outros anos, quando os carros de Fórmula 1 não eram tão seguros, acidentes idênticos ao de Grosjean resultaram em trágicas mortes. E o fato de o piloto ter sobrevivido ao impacto contra as navalhas do guard rail chama-se Halo. Este é um dispositivo de segurança colocado a poucos anos na Fórmula 1, justamente sobre a cabeça do piloto. Ele é feito de titânio e suporta 12 toneladas de impacto. É praticamente indestrutível. Tanto que, dentre os destroços carbonizados do carro, lá estava o Halo intacto. E foi justamente o Halo que protegeu a cabeça de Grosjean contra os ferros do guard rail.
Fiquei curioso do por que aquela peça se chamar Halo. E a resposta é de que a origem provém da cultura grega, que significa um círculo de luz ou, mais especificamente, uma auréola de luz sobre a cabeça de alguma imagem sagrada. Imediatamente fiz a conexão com o único que tem sobre si o verdadeiro Halo, ou seja, a auréola de santidade: Jesus, o Salvador. Sob os belos ares do advento, precisamos lembrar do anúncio do nascimento de Jesus: “O menino será chamado de santo e Filho de Deus” (Lucas 1.35).
E aí vem a graça de Deus em nos dar o verdadeiro Halo para nossa proteção e salvação. Deus nos presenteia com o perdão e a santidade que é de Jesus, conquistados através de sua morte e ressurreição. E, através do Batismo, da Palavra e da Ceia, o Espírito Santo nos reveste com o Halo/santidade do próprio Jesus. E este Halo não é para nos proteger apenas de males nas corridas da vida, mas é um Halo que nos dá o grande prêmio da vida eterna. Graças a Jesus, o único santo. O indestrutível Halo de Jesus está lá, intacto e a nos proteger, mesmo dentro de hospitais, crises e ansiedades. Dentre as cinzas do nosso pecado, o perdão do Salvador nos faz ressurgir dos destroços.
Então fica a dica: quando vermos os tecnológicos e seguros carros de Fórmula 1 com o Halo, lembremos da verdadeira proteção, perdão e santidade que recebemos do Salvador Jesus. Protegidos pelo Halo verdadeiro, corramos em direção à vida eterna.
Rev. Bruno Serves
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