Explicação retirada do Google: "Aparelhagem que grava dados sobre o funcionamento de uma aeronave, seus sistemas e as conversas da tripulação; serve para detectar problemas e verificar suas causas em caso de acidente e para controlar a manutenção da aeronave."
A morte repentina da cantora Marília causou uma comoção mundial. Uma morte súbita e desestabilizadora, afinal, a morte, além de ser um assunto suprimido pela sociedade, ela nunca é esperada. Vivemos com um pensamento de imortalidade, mas apenas pensamos, pois somos mortais, frágeis. Marília, digamos assim, foi um ser humano que deu um gosto de heroicidade para as pessoas, isto é, alguém além de seu tempo. Uma mortal que deu um gostinho de imortalidade para as legiões de fãs. Ela falou por milhões de pessoas, sim, ela deu sentido para para muitos seres humanos. E a característica do herói é dar sentido, esperança, para os desesperançados, sem sentido, mas eis que a finitude tudo aniquilou. A morte esvaziou os sentidos, a tirania da finitude ergueu seu cetro sobre a certeza de uma heroína imortal. Novamente o ser humano olha para o que ele não gosta de olhar: o fim.
E o pior é que a aeronave não tinha caixa- preta, aparelhagem não obrigatória para o tipo de avião utilizado por Marília e sua equipe. A caixa- preta, deixei uma explicação no início deste texto, grava os dados do avião. Também acompanha os problemas e os porquês dos mesmos. Maquinaria indispensável para o avião e sua tripulação. Sabe, leitor, cada ser humano também possui uma espécie de caixa- preta, sim, uma caixa- preta emocional. Ela acompanha nosso funcionamento, detecta problemas e controla a manutenção. O psiquismo humano é como uma caixa- preta: mostra como estamos, mostras nossas dificuldades e caminhos. A nossa caixa- preta precisa sempre ser observada, verificada. Em tempos tão acelerados e exigentes, você já parou para dar uma verificada em sua caixa- preta? Como estão as emoções e preocupações? É preciso cuidar, observar os problemas e, caso seja necessário, buscar uma manutenção, ou seja, auxílio médico. Somos finitos, sim, finitos, temos um tempo determinado neste mundo. A História da Humanidade, de tempos em tempos, apresenta heróis, mas eles possuem capas feitas de números, minutos e segundos; eles também dependem do tempo.
Depender de Jesus é o caminho, leitor, nele está a verdadeira esperança dos homens. Jesus não é um herói, ele é o nosso suficiente salvador. Cuidado, todos nós precisamos de cuidado, afinal, todos nós temos uma caixa- preta, entretanto, o Senhor é quem dá o cuidado final, isto é, em Jesus não existe fim.
Rev. Artur Charczuk
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