Tantas imagens tristes, tantas lágrimas e suspiros, é, amigo leitor, o mundo passa por tempos trevosos. Os dias estão vertidos em lágrimas, em gargantas apertadas, em despedidas não feitas. A dor está centralizada na pandemia, a dor não está tendo mais inúmeras definições, não, é apenas COVID19. A morte nunca esteve tão perto, na verdade, leitor, ela sempre esteve, mas a pandemia acentuou brutalmente o desfalecer. A Matemática é o número de mortes; a História guarda os tristes fatos; a Geografia mostra os locais de maior ou menor número de mortes; a Arte retrata o vírus e suas decorrências com o efeito catártico, a Biologia mostra o movimento do vírus nos seres vivos e o Português coloca tudo em palavras. O sentimento de dor e morte ocupou todas as instâncias dos seres humanos.
Sabe, claro, não esquecendo dos cenários de dores diários, mas algumas janelas de alegria foram abertas em meio à pandemia. Um metal pequenino, fino, alguns morriam de medo desse metal antes da pandemia, agora fazem questão de achá- lo, sim, falo da agulha. Ela é o caminho por onde passa o término da insegurança, claro, a cura. Vejo cenas, vocês também veem, pela televisão de pessoas emocionadas quando são vacinadas: homens, mulheres, todos num mesmo tom, num afinado canto para a vida.
Alegria, simplesmente alegria, pessoas renascendo da ponta de uma agulha. A seringa gesta o sentimento, a agulha expele para dentro da epiderme o renascimento, a alegria é choro do renascido. Alegres janelas escancaradas, janelas abertas por uma pequena agulha. Um metal pequeno, mas expele uma alegria máxima. Tímidos raios de Sol por entre densas nuvens. Não deixe de abrir sua alegre janela, quando chegar o dia de sua vacinação, vá e escancare sua alegre janela. Em tempos de pandemia de COVID19 e de desinformação, nada melhor do que ver uma grande alegria através de uma pequena agulha. Cristo Jesus é maravilhoso!
Rev Artur Charczuk
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